São Paulo - A Bovespa subia pelo terceiro pregão consecutivo nesta quinta-feira, com o alívio das tensões sobre o futuro dos programas de estímulos promovidos pelos principais bancos centrais abrindo espaço para uma recuperação dos mercados globais.

Às 15h52, o Ibovespa tinha alta de 1,34 %, a 47.806 pontos. Na máxima, o índice chegou a subir 1,87 %. O giro financeiro do pregão era de 4,4 bilhões de reais.

Os mercados encontraram espaço para recuperação nos últimos dias após dados da economia norte-americana e declarações de autoridades monetárias aliviarem temores de retirada iminente de estímulos à recuperação econômica global. Isso trouxe "calmaria" aos mercados, segundo o gerente de renda variável da H.Commcor Corretora, Ariovaldo Santos, mas o cenário para a bolsa ainda é incerto, segundo ele.

"Não chegamos necessariamente ao fundo do poço. As companhias estão enfrentando muitos desafios, que só serão conhecidos quando saírem os resultados do segundo trimestre", disse ele citando como exemplo o impacto do enfraquecimento do real para companhias brasileiras.

Apesar da alta das últimas sessões, o Ibovespa ainda acumulava queda de 11,8 % em junho e de 22,6 % no ano, até o fechamento da véspera.

"Como caiu muito, temos uma correção técnica", disse o superintendente da CGD Securities, Raffi Dokuzian. "Estou sentindo o mercado um pouco atordoado, não sabe para que lado vai. A grande expectativa agora é para os resultados do segundo trimestre", avaliou.

Nesta sessão, o setor de siderurgia era destaque positivo, corrigindo as quedas acumuladas nos últimos pregões, como Gerdau , que subia cerca de 5 %.

A ação da Light também estava entre as principais altas. A Itaú Corretora elevou a recomendação para a empresa que atua em geração e distribuição de energia elétrica, citando que a forte queda no ano "parece exagerada".

Em sentido oposto, destaque para o recuo de ações de empresas do grupo EBX, de Eike Batista, realizando parte dos fortes ganhos dos últimos pregões, em meio à notícias de que o empresário busca compradores para ativos de empresas do grupo.

A petrolífera OGX caía 6,45 %, a empresa de logística LLX perdia 8,8 %, e a mineradora MMX recuava 0,6 %.