Ibovespa opera em queda, pressionado por GOL e TIM
Entre os papéis, a GOL pesava no índice da bolsa brasileira, com queda de 9,84%, cotada a R$ 11,54
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 13h41.
São Paulo - A Bovespa recuava nesta terça-feira, pressionada pelo tombo das ações da GOL e TIM na sessão, ao mesmo tempo em que as incertezas quanto a um possível pedido de resgate pela Espanha adicionavam volatilidade aos negócios.
Às 13h22, o Ibovespa tinha queda de 0,58 por cento, a 59.225 pontos, num pregão instável. Mais cedo, o índice chegou a subir 0,87 por cento na máxima do dia. O giro financeiro do pregão era de 2,7 bilhões de reais.
As ações da GOL pesavam no índice, com queda de 9,84 por cento, a 11,54 reais, revertendo o forte rali da véspera, que havia sido motivado por rumores de que a aérea brasileira anunciaria acordo com uma empresa rival.
No entanto, a companhia anunciou um pedido firme de 60 aeronaves Boeing 737 Max, que serão entregues a partir de 2018, num valor total de 6 bilhões de dólares a preço de tabela.
"Criou-se uma expectativa muito grande para o anúncio, mas o mercado se frustrou", disse Daniel Cunha, da equipe de análise da XP Investimentos. "O fato é que o que foi anunciado nem é positivo, porque piora a situação da alavancagem da empresa".
As ações da TIM, por sua vez, caíam 6,86 por cento, a 7,33 reais, com operadores citando notícia de que a operadora seria alvo de investigação pelos órgãos reguladores do mercado acionário brasileiro (CVM) e norte-americano (SEC), conforme publicado no site da revista Veja nesta manhã.
Em sentido oposto, as ações ordinárias da Oi subiam 3,31 por cento, a 10,30 reais, entre as maiores altas do índice, após a operadora ter aprovado a alienação de diversos imóveis no valor de 643,1 milhões de reais para reduzir seu endividamento.
Dentre as blue chips brasileiras, a preferencial da Vale tinha queda de 0,40 por cento, a 35,10 reais, e a da Petrobras ganhava 0,18 por cento, a 22,55 reais. OGX tinha queda de 2,34 por cento, a 5,85 reais.
Na cena externa, as indefinições, especialmente com relação à situação da Espanha, devem continuar a fazer com que os preços das ações no Brasil continuem a mostrar volatilidade, segundo o superintendente de renda variável da Concórdia Corretora, Romeu Vidale.
Embora a Espanha esteja pronta para pedir um resgate o mais cedo possível, a Alemanha já sinalizou que Madri deveria esperar, disseram autoridades europeias à Reuters na véspera.
"Ainda não temos segurança de que o mercado vai se estabilizar. A Europa continua sendo uma incógnita e ainda não temos solução concreta para os problemas dos países periféricos", afirmou o analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora.
Em Wall Street, o Dow Jones caía 0,43 por cento e o S&P 500 perdia 0,12 por cento. Já o principal índice europeu de ações fechou a terça-feira em queda de 0,26 por cento.