Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2012 às 13h32.
São Paulo - A bolsa brasileira operava sem uma tendência definida nesta terça-feira, com investidores em dúvida entre realizar os lucros da véspera após dados negativo nos Estados Unidos, ou manter os ganhos com a expectativa por novos anúncios do Federal Reserve. Às 12h37, o Ibovespa tinha leve queda de 0,13 por cento, a 66.596 pontos, depois de operar mais cedo em terreno positivo.
O giro financeiro do pregão era de 2,18 bilhões de reais. Nos mercados externos, o índice norte-americano Dow Jones operava praticamente estável, com oscilação negativa de 0,04 por cento, enquanto o europeu FTSEurofirst fechou em queda de 0,5 por cento. A confiança do consumidor dos EUA recuou em março, uma vez que os norte-americanos elevaram suas expectativas de inflação para o maior nível em 10 meses, de acordo com um relatório do setor privado.
Segundo o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM, a tendência desta sessão é de que os mercados andem "de lado", na expectativa pelas declarações de Bernanke, que concederá uma entrevista com a rede de TV ABC News. Na véspera, os comentários do presidente do Fed animaram os mercados, com as expectativas de que as políticas monetárias serão mantidas.
O operador também não descartou uma leve realização de lucros, após os ganhos da véspera, quando o Ibovespasubiu 1,32 por cento. Neste pregão, o destaque de baixa fica com as ações da Copel , com perdas de 3,22 por cento, a 43,31 reais, seguindo a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2011 e a proposta de revisão tarifária feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
As ações da Petrobras também pesavam no Ibovespa. A preferencial tinha queda de 1,03 por cento, a 23,96 reais, enquanto a ordinária perdia 1,88 por cento, a 24,51 reais. Já a preferencial Vale contribuía de forma positiva, com ganhos de 0,95 por cento, a 41,40 reais. Também em alta estava o papel da Gol, de 2 por cento, a 13,07 reais.
Após informar que encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de 54,3 milhões de reais, queda de 58,9 por cento sobre o resultado apurado um ano antes, a empresa divulgou que vê necessidade de reduzir de 80 a 100 voos diários entre março e abril, e que isso implicará em uma redução de custos fixos.