Exame Logo

Ibovespa fecha em alta apesar de pressão da Vale

ìndice subiu apesar da pressão das ações da Vale que caíram após decisão do Superior Tribunal Federal (STF) e de novas perdas de OGX

Vale:  as preferenciais da mineradora fecharam em baixa de 3,46 %, a 32,90 reais, enquanto as ordinárias perderam 3,29 %, a 35,00 reais. (Luiz Braga/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 19h04.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou esta quarta-feira em alta, apesar da pressão das ações da Vale que caíram após decisão do Superior Tribunal Federal (STF) e de novas perdas de OGX.

O Ibovespa subiu 0,49 %, a 56.186 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,16 bilhões de reais.

Na máxima, o índice chegou a subir 1,9 %, após dados mostrarem que a China teve forte crescimento nas importações, indicando recuperação na demanda do país. Além disso, a inflação doméstica medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil aliviou as expectativas de aumento nos juros pelo Banco Central.

Porém, os ganhos foram reduzidos após as ações da Vale reverterem para baixo. As preferenciais da mineradora fecharam em baixa de 3,46 %, a 32,90 reais, enquanto as ordinárias perderam 3,29 %, a 35,00 reais.

O STF tomou decisões nesta quarta-feira que não encerram a discussão jurídica sobre a cobrança de impostos de controladas e coligadas de empresas brasileiras no exterior, levando o tema parcialmente de volta a instâncias inferiores.

O Supremo decidiu que a cobrança de impostos sobre coligadas de empresas do país fora de paraísos fiscais é inconstitucional.

Ao mesmo tempo, o colegiado decidiu que a cobrança de tributos de controladas em paraísos fiscais é válida. Ficaram em aberto questões envolvendo os tributos sobre controladas localizadas fora de paraísos fiscais e de coligadas em paraísos fiscais.

"Aparentemente o mercado não gostou disso. A ação subia antes, e então caiu fortemente. Os analistas estão parando para fazer a conta no momento", disse Álvaro Bandeira, sócio na Órama Investimentos, no Rio de Janeiro.

Douglas Pinto, operador na BGC Liquidez, em São Paulo ressaltou que o papel já havia acumulado fortes ganhos na expectativa pelo resultado do julgamento.

"Não é uma grande queda, são basicamente pessoas zerando posições após a alta das ações nas últimas sessões, com especulações de que a empresa ganharia o caso", disse ele.


Considerando o fechamento do dia 2 de abril, um dia antes da primeira sessão do julgamento, e o fechamento da véspera, antes da decisão dos juízes, as ações preferenciais da Vale acumularam ganho de 7 %.

A ação da Petrobras teve alta de 1,49 %, a 18,42 reais, ajudando a compensar parte da pressão da Vale no Ibovespa.

Já o papel da OGX, petrolífera de Eike Batista, não conseguiu manter o comportamento de alta registrado pela manhã e encerrou em baixa de 5,45 %, a 1,56 real, em uma nova mínima de fechamento histórica.

Ainda entre as empresas de Eike Batista, a empresa de logística LLX disparou 9,7 %, enquanto a mineradora MMX subiu 2,49 %. Fora do Ibovespa, a empresa de construção naval e serviços para o setor de petróleo OSX subiu 19,3 %.

Na véspera, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a estatal considera o grupo EBX como potencial parceiro para, por exemplo, reduzir seus custos a sua necessidade de investimentos em logística. (Edição de Aluísio Alves)

Veja também

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou esta quarta-feira em alta, apesar da pressão das ações da Vale que caíram após decisão do Superior Tribunal Federal (STF) e de novas perdas de OGX.

O Ibovespa subiu 0,49 %, a 56.186 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,16 bilhões de reais.

Na máxima, o índice chegou a subir 1,9 %, após dados mostrarem que a China teve forte crescimento nas importações, indicando recuperação na demanda do país. Além disso, a inflação doméstica medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil aliviou as expectativas de aumento nos juros pelo Banco Central.

Porém, os ganhos foram reduzidos após as ações da Vale reverterem para baixo. As preferenciais da mineradora fecharam em baixa de 3,46 %, a 32,90 reais, enquanto as ordinárias perderam 3,29 %, a 35,00 reais.

O STF tomou decisões nesta quarta-feira que não encerram a discussão jurídica sobre a cobrança de impostos de controladas e coligadas de empresas brasileiras no exterior, levando o tema parcialmente de volta a instâncias inferiores.

O Supremo decidiu que a cobrança de impostos sobre coligadas de empresas do país fora de paraísos fiscais é inconstitucional.

Ao mesmo tempo, o colegiado decidiu que a cobrança de tributos de controladas em paraísos fiscais é válida. Ficaram em aberto questões envolvendo os tributos sobre controladas localizadas fora de paraísos fiscais e de coligadas em paraísos fiscais.

"Aparentemente o mercado não gostou disso. A ação subia antes, e então caiu fortemente. Os analistas estão parando para fazer a conta no momento", disse Álvaro Bandeira, sócio na Órama Investimentos, no Rio de Janeiro.

Douglas Pinto, operador na BGC Liquidez, em São Paulo ressaltou que o papel já havia acumulado fortes ganhos na expectativa pelo resultado do julgamento.

"Não é uma grande queda, são basicamente pessoas zerando posições após a alta das ações nas últimas sessões, com especulações de que a empresa ganharia o caso", disse ele.


Considerando o fechamento do dia 2 de abril, um dia antes da primeira sessão do julgamento, e o fechamento da véspera, antes da decisão dos juízes, as ações preferenciais da Vale acumularam ganho de 7 %.

A ação da Petrobras teve alta de 1,49 %, a 18,42 reais, ajudando a compensar parte da pressão da Vale no Ibovespa.

Já o papel da OGX, petrolífera de Eike Batista, não conseguiu manter o comportamento de alta registrado pela manhã e encerrou em baixa de 5,45 %, a 1,56 real, em uma nova mínima de fechamento histórica.

Ainda entre as empresas de Eike Batista, a empresa de logística LLX disparou 9,7 %, enquanto a mineradora MMX subiu 2,49 %. Fora do Ibovespa, a empresa de construção naval e serviços para o setor de petróleo OSX subiu 19,3 %.

Na véspera, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a estatal considera o grupo EBX como potencial parceiro para, por exemplo, reduzir seus custos a sua necessidade de investimentos em logística. (Edição de Aluísio Alves)

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoMineraçãoOGpar (ex-OGX)PetróleoSiderúrgicasVale

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame