A ação da OGX integrou novamente a lista das principais baixas do Ibovespa, com queda de 4,14 por cento (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 18h13.
O principal índice acionário da Bovespa encerrou a terça-feira em baixa, na contramão dos mercados externos, pressionado pelo recuo dos papéis de construtoras, com investidores cautelosos à espera de sinais sobre os rumos dos juros no Brasil.
O Ibovespa caiu 0,97 por cento, a 55.950 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,95 bilhões de reais.
O setor de construção foi a principal influência negativa para o índice, com destaque para MRV e PDG Realty , que perderam 6,3 e 3,6 por cento, respectivamente.
Investidores seguiam na expectativa pelos resultados da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que serão conhecidos na quarta-feira.
Mais do que a própria decisão sobre a taxa Selic --que deve ser mantida na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano--, o mercado aguarda o comunicado do BC, que pode mostrar que a autoridade monetária parou de prever juros baixos por um período "suficientemente prolongado".
"A especulação sobre alguma sinalização de aumento de juros em tese explicaria essa queda maior das construtoras", disse o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba.
A petrolífera OGX caiu 4,14 por cento, a 2,78 reais, mais uma vez figurando entre as principais baixas.
Com isso, o Ibovespa perdeu força --após ter chegado a subir 1,29 por cento por cento na sessão-- descolou de Wall Street, onde o Dow Jones atingiu máxima histórica, com otimismo sobre as economias norte-americana e chinesa.
Nesta sessão, a ação da Diagnósticos da América (Dasa) desabou 5,5 por cento, a 12,30 reais, após a empresa ter divulgado prejuízo de 1,6 milhão de reais no quarto trimestre.
Por outro lado, o papel da BM&FBovespa subiu 1,37 por cento, a 13,36 reais. O mercado gostou da notícia de que a bolsa paulista reduzirá em 28,5 por cento as tarifas de negociação com ações no mercado a vista a partir de abril.
A BM&FBovespa também anunciou nesta terça-feira benefícios para todos investidores que fazem operações de day trade e tabela progressiva de descontos de tarifas, com base no volume financeiro de negociações. Neste caso, as medidas valem a partir de dezembro.
"Em termos de receita, (as medidas) não têm grande impacto negativo para a bolsa e o contraponto disso é positivo, porque estimula o mercado", disse Rocha, citando também que as medidas podem beneficiar os negócios das corretoras.
Dentre as blue chips, a preferencial da Petrobras subiu 0,36 por cento, a 16,56 reais, enquanto a da Vale teve queda de 0,7 por cento, a 33,81 reais.