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Ibovespa cai a 57 mil pontos, sob peso de construtoras

Proximidade com o vencimento de opções sobre ações também interferiu


	iBovespa: terminou o dia em baixa de 0,72 %
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

iBovespa: terminou o dia em baixa de 0,72 % (Gustavo Kahil/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 20h15.

São Paulo - O principal índice brasileiro de ações cedeu ao peso das construtoras e encerrou a sexta-feira em queda, abaixo dos 57 mil pontos, pressionado também pela proximidade com o vencimento de opções sobre ações.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,72 %, a 56.869 pontos, numa sessão instável --o índice oscilou entre queda de 0,83 % e alta de 0,44 %. O giro financeiro do pregão foi de 9 bilhões de reais.

Com isso, o índice acumulou queda semanal de 2,7 %, após duas semanas consecutivas no campo positivo. Em março, o referencial da bolsa paulista tem queda de 0,97 % e no ano a baixa é de 6,7 % --enquanto Wall Street seguia próximo das máximas históricas.

"O mercado aqui só vai melhorar se tivermos sinais de mudanças políticas", disse o analista Marcelo Varejão, da Socopa Corretora. "Os investidores precisam ver uma administração (do governo federal) mais amigável ao mercado." Nesta sessão, as construtoras pesaram no Ibovespa, lideradas por MRV Engenharia, que afundou 8,07 %, a 9,80 reais. A companhia registrou forte queda no lucro do quarto trimestre, abaixo das expectativas de analistas.

"Os resultados do quarto trimestre da MRV foram mais uma vez decepcionantes", disse a Itaú Corretora em relatório, citando uma combinação pouco inspiradora de retorno sobre patrimônio em queda e geração de fluxo de caixa livre menor que o esperado.

O mau humor com os resultados da MRV contaminaram também outras empresas do setor. Gafisa caiu 7,02 %, Brookfield Incorporações perdeu 4,51 % e Rossi Residencial recuou 4,22 %.


"Seguimos cautelosos quanto aos resultados das incorporadoras", escreveram analistas da Planner Corretora em relatório. "Acreditamos que o primeiro trimestre de 2013 também não será de resultados animadores." Em sentido oposto, JBS, maior produtora de carnes do mundo, liderou os ganhos do índice, com alta de 4,49 %, seguida pela petrolífera OGX, que subiu 4,18 %, com movimentos de cobertura de posições vendidas.

O vencimento de opções sobre ações, que ocorre na próxima segunda-feira, adicionou volatilidade aos negócios, segundo operadores. A pressão foi maior nas preferenciais da Vale e da Petrobras, que encerraram o dia em queda de 0,12 e de 1,50 %, respectivamente.

Já a ordinária da Petrobras fechou em alta de 2,12 %, a 17,80 reais.

O mercado aguarda a divulgação do plano de investimentos da estatal petrolífera para esta sexta-feira, citaram operadores. 

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