Bovespa: cenário externo negativo limita dos ganhos da Bolsa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2016 às 12h02.
São Paulo - O principal índice da Bovespa tinha leve baixa nesta sexta-feira, em linha com a fraqueza em Wall Street, embora os ganhos das ações de papel e celulose ajudassem a limitar as perdas no pregão local.
Às 11:42, o Ibovespa cedia 0,16 por cento, a 58.896 pontos. O volume financeiro era de 1,39 bilhão de reais.
O recuo vem após o índice acumular alta de 3,35 por cento nas quatro sessões anteriores.
Em Wall Street, o S&P 500 caía 0,29 por cento após rali de três dias impulsionado pela visão de que o Federal Reserve vai manter os juros no curto prazo.
- PETROBRAS PN perdia 1,5 por cento e PETROBRAS ON recuava 2,12 por cento, em sessão com os preços do petróleo sem tendência definida . Como pano de fundo também estava a confirmação de que um consórcio liderado pela canadense Brookfield chegou a um acordo para comprar 90 por cento da unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS), da Petrobras, por aproximadamente 5,2 bilhões de dólares.
- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,69 por cento, em sessão negativa para o setor, e ajudava a pressionar o índice dada sua importância na composição do Ibovespa.
- KROTON EDUCACIONAL caía 1,28 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. O jornal Valor Econômico noticiou que o Ministério da Educação já deve cerca de 5 bilhões de reais em repasses do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referentes às parcelas de julho, agosto e setembro que ainda não foram pagas porque as renovações dos contratos deste segundo semestre ainda não foram abertas.
- FIBRIA subia 8,33 por cento e SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA ganhava 7,16 por cento, entre os destaques de alta no Ibovespa. O Itaú BBA elevou a recomendação dos papéis para "outperform". Também repercutia notícia da RISI, serviço de informações especializado do setor de papel e celulose, de que alguns fornecedores de celulose estariam pressionando por aumentos de preços
- EMBRAER tinha valorização de 2,83 por cento, também entre os destaques de alta no índice. Na véspera, a Organização Mundial do Comércio (OMC) disse que a União Europeia fracassou em controlar subsídios à Airbus, em notícia considerada favorável à Embraer por analistas, uma vez que a empresa questiona subsídios semelhantes à Bombardier.
- BRASIL PHARMA, que não está no Ibovespa, subia 5,55 por cento em meio a expectativas sobre venda de unidades em estratégia para reduzir dívida.
*Atualizada às 12h02