Mercados

Ibovespa tem maior alta desde dezembro com 57 ações em valorização

Investidores ficaram animados com a solução para o problema da dívida grega mais próxima

Gafisa roubou a cena ao subir 7% após o BC sinalizar o fim do aperto monetário (Germano Luders)

Gafisa roubou a cena ao subir 7% após o BC sinalizar o fim do aperto monetário (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 17h51.

São Paulo – O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, subiu forte com os investidores animados com a expectativa de que os problemas causados pelo descontrole da dívida grega estejam mais próximos de uma solução. O índice subiu 2,02%, para 60.315 pontos. Foi a maior valorização desde 1 de dezembro de 2010, quando a alta chegou a 2,42%.

O otimismo impulsionou 57 das 67 ações do índice. Outras 2 ficaram estáveis e 8 recuaram. O destaque do dia ficou com o setor imobiliário. O Imob, que acompanha os papéis do setor, disparou 3,97%. As ações da Gafisa subiram 7,04%, as da Rossi 6,75%, MRV 6,18%, PDG 6% e da Brookfield 5,63%. Foram também as maiores valorizações da bolsa hoje.

O pior desempenho ficou com os papéis da Natura (NATU3). Os resultados da empresa no segundo trimestre do ano desagradaram os investidores. Os papéis recuaram 4,23%, para 35,06 reais. Os analistas do Banco BTG Pactual Fabio Monteiro, Thiago Duarte e Lucas Suemitsu cortaram o preço-alvo para a ação de 50 reais para 42 reais.

As 10+ do Ibovespa hoje:

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

Empresa Código Preço (R$) Var.
Gafisa GFSA3 7,6 7,04%
Rossi RSID3 12,33 6,75%
PDG PDGR3 8,65 6%
MRV MRVE3 11,83 6%
Brookfield BISA3 6,94 5,63%
B2W BTOW3 15,56 4,50%
Fibria FIBR3 18,5 4,05%
Gerdau GGBR4 14,93 4,04%
Usiminas USIM5 12,04 3,97%
Gerdau Metalúrgica GOAU4 18,69 3,95%

Para o setor imobiliário, além do noticiário sobre a Grécia, a mudança de tom do Banco Central no breve comunicado em que subiu o juro ontem para 12,5% ao ano deu um alento para o setor. O mercado interpretou o texto como um sinal de que o ajuste monetário pode ter chegado ao final, o que é positivo para as empresas do setor.

O dólar caiu mais uma vez para o nível de 1,55 real, perto das mínimas de 12 anos. O BC fez dois leilões de compra da moeda, mas não conseguiu contar a desvalorização de 0,43%. "Ele atuou mais para fazer presença, porque foi um movimento generalizado", disse Alfredo Barbutti, economista da corretora BGC Liquidez, em entrevista à Reuters.

Grécia e UE

Reunidos em Bruxelas hoje, os líderes da União Europeia chegaram a um acordo para um segundo pacote de ajuda à Grécia. O resgate será de 159 bilhões de euros, sendo que 109 bilhões virão da UE e do FMI e os 50 bilhões restantes de participação privada. Os líderes também reduziram as taxas de juros e alongaram os prazos de vencimento do empréstimo.

Acompanhe tudo sobre:Ações

Mais de Mercados

“Banco Central saberá tomar a melhor decisão sobre juros”, diz CEO do Itaú

Em mais um dia de recuperação, Ibovespa abre em alta e dólar cai a R$ 5,60

Novo Nordisk tem lucro mais baixo no trimestre, mas vendas do Wegovy crescem 55%

IGP-DI, balanço do BB e nomeação de assessor especial em Petrobras: o que move o mercado

Mais na Exame