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Ibovespa sobe e renova máxima intradia com otimismo político

Às 11:50, o índice da bolsa brasileira subia 0,38 por cento, a 74.604 pontos, após subir a 74.880 pontos na máxima até o momento

B3: na véspera, o Ibovespa atingiu a máxima histórica de fechamento, aos 74.319 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: na véspera, o Ibovespa atingiu a máxima histórica de fechamento, aos 74.319 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 12h15.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista subia nesta terça-feira, renovando máxima intradia pelo segundo dia seguido, com as perspectivas por avanços no cenário político ainda ajudando o tom positivo dos negócios.

Às 11:50, o Ibovespa subia 0,38 por cento, a 74.604 pontos, após subir a 74.880 pontos na máxima até o momento, novo patamar recorde intradia. O giro financeiro era de 2,9 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa atingiu a máxima histórica de fechamento, aos 74.319 pontos.

O tom positivo do pregão era respaldo ainda na perspectiva de que a taxa básica de juros vai continuar em queda, movimento corroborado nesta manhã pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central.

"O comunicado deu sinais de continuidade dos cortes, mas também uma redução gradual no seu ritmo", escreveram analistas da corretora Coinvalores, em nota a clientes.

Apesar do tom positivo na política local ainda prevalecer, com a visão de que o governo ganhou força para avançar sua agenda de reformas, mas alguma cautela persiste.

Na véspera, a Polícia Federal concluiu que há indícios de crimes cometidos pela cúpula do PMDB, incluindo o presidente Michel Temer e seus ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), em investigação sobre corrupção.

Destaques

- Eletrobras ON avançava 4,50 por cento e Eletrobras PNB tinha valorização de 4,63 por cento, entre as maiores altas do índice. Nesta manhã, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o governo corre para fechar os últimos detalhes do modelo a ser adotado na privatização da elétrica, que deve ser divulgado ainda neste mês.

- Cemig PN ganhava 4,36 por cento, tendo no radar a possibilidade de parceira com a Vale em um leilão programado para o fim deste mês no qual a União oferecerá a investidores a concessão de quatro hidrelétricas já em operação. A eventual parceria ajudaria a Cemig a manter seu portfólio em geração, ao mesmo tempo em que a mineradora poderia se beneficiar com acesso à energia das usinas a preços competitivos.

- Vale ON avançava 1,23 por cento, acompanhando o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, que subiram 3,4 por cento na bolsa de Dalian. Também ajudava o tom positivo a possibilidade parceira com a Cemig para leilão de hidrelétricas.

- Ambev ON avançava 2,86 por cento, após o Credit Suisse melhorar a recomendação para "outperform", ante "neutra", e elevar o preço-alvo para 23,50 reais, ante 20 reais.

- Petrobras PN subia 0,47 por cento e Petrobras ON tinha alta de 0,19 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- CSN ON avançava 2,95 por cento, Usiminas PNA ganhava 2,70 por cento e Gerdau PN tinha alta de 0,65 por cento, também na esteira dos ganhos dos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- Magazine Luiza, que não faz parte do Ibovespa, caía 13,28 por cento. O conselho de administração da varejista aprovou a realização de uma oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 24 milhões de ações ordinárias, que pode movimentar quase 2 bilhões de reais. Segundo analistas, há receios de que a oferta possa diluir a participação dos minoritários.

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