Mercados

Ibovespa sobe 2,28% puxado por exterior e balanços

A B3 informou o volume financeiro médio diário no segmento Bovespa foi de 10,2 bilhões de reais em outubro

B3: "(O humor) melhorou lá fora e aqui nos recuperamos em cima disso" (Germano Lüders/Exame)

B3: "(O humor) melhorou lá fora e aqui nos recuperamos em cima disso" (Germano Lüders/Exame)

R

Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 18h58.

São Paulo - O principal índice da Bovespa subiu mais de 2 por cento nesta quinta-feira, superando os 72 mil pontos, recuperação motivada pelo maior apetite por risco dos investidores no exterior, além de ajustes ao movimento das ADRs e balanços positivos.

O Ibovespa avançou 2,38 por cento, a 72.511 pontos. Na máxima, o indicador chegou a subir 2,92 por cento. Em 2017, a alta acumulada é de pouco mais de 20 por cento.

"(O humor) melhorou lá fora e aqui nos recuperamos em cima disso", afirmou Wagner Salaverry, diretor de renda variável da Quantitas. Na terça-feira, última sessão antes do feriado da Proclamação da República, o índice havia recuado 2,27 por cento.

Segundo Salaverry, a queda recente da bolsa, os últimos resultados da safra de balanços do terceiro trimestre e um noticiário político menos carregado também contribuíram para a retomada das compras por parte de alguns participantes.

Ari Santos, da H.Commcor, citou ajustes às oscilações na véspera dos recibos de ações (ADRs) de blue chips com peso significativo na composição do Ibovespa, incluindo grandes bancos, Vale e Petrobras.

O pregão desta quinta-feira foi marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

A B3 informou o volume financeiro médio diário no segmento Bovespa foi de 10,2 bilhões de reais em outubro, alta de 15,9 por cento na comparação com igual mês de 2016.

Destaques

- NATURA ON saltou 10,1 por cento após a fabricante de cosméticos divulgar lucro líquido de 61 milhões de reais no terceiro trimestre, no primeiro balanço após a compra da marca britânica The Body Shop. O Credit Suisse considerou o resultado de difícil leitura, mas citou melhora nos fundamentos de vendas.

- SABESP ON avançou 5,23 por cento, reagindo positivamente ao aumento de 56,9 por cento do lucro líquido do terceiro trimestre graças aos esforços para controle de custos. O BTG Pactual classificou os números como "sólidos", destacando ainda a queda de despesas com inadimplência.

- ENERGISA UNIT subiu 2,44 por cento, após a empresa reportar na noite de terça-feira alta de 111,8 por cento no lucro do terceiro trimestre. CEMIG PN ganhou 0,46por cento, após surpreendente prejuízo de 83,7 milhões de reais de julho a setembro.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 2,52 por cento e BRADESCO PN avançou 2,2 por cento.

- VALE ON se valorizou 1,37 por cento, na esteira da alta dos preços do minério de ferro na China.

- BR MALLS ON subiu 1,16 por cento. A administradora de shopping centers teve queda de 95 por cento do lucro líquido do terceiro trimestre, marcado por retração de receitas e provisões para perdas com calotes. O presidente da empresa, Ruy Kameyama, disse nesta manhã a analistas que ainda vê a situação dos lojistas como delicada e espera inadimplência elevada no quarto trimestre.

Acompanhe tudo sobre:B3FeriadosIbovespa

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol