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Ibovespa se despede do mês com ganhos próximos de 11%

Na Europa, mercado mostra cautela após a notícia de que o desemprego na zona do euro alcançou o maior nível desde a introdução da moeda única

Ibovespa registra queda de 4,8% nos últimos 12 meses (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Ibovespa registra queda de 4,8% nos últimos 12 meses (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 11h40.

São Paulo – O último pregão de janeiro oferece sinal positivo ao principal índice da bolsa brasileira. O Ibovespa registrava uma alta de 0,6%, aos 63.186 pontos, na máxima do dia, e se despede de mês com uma valorização de aproximadamente 11%.

Na Europa, as principais bolsas operavam com leves ganhos. O mercado ainda mostra certa cautela após a notícia de que o desemprego na zona do euro alcançou o maior nível desde a introdução da moeda única, segundo dados divulgados nesta terça-feira, um dia após a promessa dos líderes da União Europeia de se concentrar em criar vagas para tentar estimular a lenta economia do continente.

O desemprego nos 17 países do bloco subiu para 10,4 por cento em dezembro, taxa com ajustes sazonais igual à leitura revisada de novembro, informou a agência de estatísticas Eurostat. É o maior nível desde junho de 1998, antes da introdução do euro, em 1999, segundo a Eurostat.

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Bradesco

As ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) assumiam a ponta negativa do Ibovespa no início desta tarde. Na mínima do dia, a queda dos papéis era de 3,2%, negociados a 31,41 reais.

O lucro contábil do banco em 2011 foi o terceiro maior da história dos bancos brasileiros de capital aberto, segundo levantamento feito pela Economatica. O valor fica atrás apenas do lucro do Itaú Unibanco de 2010 e do Banco do Brasil em 2010 (ambos ainda não divulgaram seus valores para 2011).

O Bradesco deu início na manhã de hoje à temporada de anúncio de resultados de 2011, anunciando lucro líquido contábil de 2,726 bilhões de reais no quarto trimestre do ano passado – uma queda de 8,7% ante o mesmo período do ano anterior. Apesar da queda no último trimestre, o lucro anual, de 11,028 bilhões de reais, indicou um crescimento de 10% na comparação com 2010.

“O resultado apresentado no ano foi totalmente ofuscado pelo desempenho aquém do esperado no quarto trimestre em função do aumento das provisões, dado a evolução do índice de inadimplência, e das despesas operacionais, esta última impactada pelo seu plano de expansão, visto que o banco inaugurou 1.009 novas agências no ano passado”, explica Leonardo Zanfelicio, analista da Concordia Corretora.

Santander

Também na lista de maiores desvalorizações do pregão de hoje, as units do Santander (SANB11) caíam 3,4%, negociadas a 15,89 reais. Nos últimos 12 meses, os papéis mostram uma queda de 12%.

O Santander obteve lucro líquido de 5,3 bilhões de euros em 2011, 35% menos do que em 2010, informou nesta terça-feira a entidade presidida por Emilio Botín. Em comunicado enviado à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV), o primeiro grupo bancário espanhol, presente na América Latina, explicou que a queda se deveu as fortes dotações a provisões e saneamentos realizados, que somaram 3,1 bilhões de euros.

Entre os saneamentos, o banco destacou a concessão de 1,8 bilhão de euros brutos para ativos imobiliários na Espanha, o que permitiu elevar a cobertura dos imóveis adjudicados em 50%, a partir de 31% anteriormente.
 

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