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Ibovespa recua pressionada por Vale, mas segue próximo de máximas

Às 11:26, o índice da bolsa brasileira caía 0,49 por cento, a 81.278 pontos. Na abertura, o índice renovou máxima recorde intradia ao bater 81.676 pontos

B3: volume financeiro era de 1,8 bilhão de reais nesta terça-feira (Germano Lüders/Site Exame)

B3: volume financeiro era de 1,8 bilhão de reais nesta terça-feira (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 11h42.

O principal índice de ações da B3 mostrava fraqueza nesta terça-feira, pressionado pela queda das ações da Vale, mas ainda permanecia próximo da máxima histórica, com a entrada de capital externo inibindo uma realização de lucros relevante neste começo de ano.

Às 11:26, o Ibovespa caía 0,49 por cento, a 81.278 pontos. Logo na abertura, o índice renovou máxima recorde intradia ao bater 81.676 pontos. Na véspera, atingiu máxima de fechamento, de 81.675 pontos.

O volume financeiro era de 1,8 bilhão de reais.

Dados até dia 19 de janeiro, mostravam saldo positivo de estrangeiros na Bovespa neste ano de 5,56 bilhões de reais.

Agentes financeiros também seguem na expectativa do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região na quarta-feira, que pode levar o mercado a recalibrar apostas sobre a probabilidade de Lula ser elegível para se candidatar à eleição deste ano.

Condenado em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter supostamente recebido um apartamento tríplex no Guarujá da empreiteira OAS em troca de contratos com a Petrobras, Lula pode ficar inelegível se condenado em segunda instância pelo TRF-4.

DESTAQUES

- VALE recuava 2,65 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, tendo como pano de fundo a forte queda dos preços do minério de ferro na China.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON caíam 1,95 e 1,55 por cento, respectivamente, após forte alta na véspera apoiada nas expectativas relacionadas à desestatização da companhia com o envio do projeto de lei sobre o tema para o Congresso Nacional.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cediam 0,92 e 0,56 por cento, respectivamente, na contramão dos preços do petróleo do mercado internacional, o que também enfraquecia o Ibovespa.

- BRADESCO PN subia 0,88 por cento, liderando as altas no setor bancário e ajudando a limitar o tom negativo no índice. ITAÚ UNIBANCO PN ganhava 0,27 por cento, BANCO DO BRASIL valorizava-se 0,48 por cento e SANTANDER UNIT recuava 0,24 por cento.

- FIBRIA subia 1,53 por cento e era destaque na ponta positiva, com expectativas favoráveis para o resultado do quarto trimestre. A fabricante de celulose também anunciou na semana passada alta nos preços em vários mercados.

- BR DISTRIBUIDORA, que não está no Ibovespa, avançava 2,5 por cento, após vários analistas recomendarem compra das ações, com forte potencial de valorização.

- CIA HERING perdia 3,8 por cento, a maior queda do índice de Small Caps, após divulgação na véspera de vendas no quarto trimestre, consideradas fracas por analistas. A receita bruta da varejista de moda somou 537,6 milhões de reais, alta de 4,4 por cento ante mesmo período de 2016.

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