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Ibovespa recua com pressão de Petrobras e bancos

Às 11:25, o índice da bolsa brasileira caía 0,66 por cento, a 61.515 pontos. O giro financeiro era de 1,2 bilhão de reais

Ibovespa: impasse do cenário político também segue no radar, fazendo com que investidores evitem grandes apostas no curto prazo (Bovespa/Divulgação)

Ibovespa: impasse do cenário político também segue no radar, fazendo com que investidores evitem grandes apostas no curto prazo (Bovespa/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 16 de junho de 2017 às 11h37.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista mostrava fraqueza nesta sexta-feira, com as ações de bancos privados e da Petrobras entre as maiores pressões negativas, em sessão marcada por ajustes ao movimento de ADRs (recibos de ações nos Estados Unidos) na quinta-feira, quando o mercado acionário local esteve fechado.

Às 11:25, o Ibovespa caía 0,66 por cento, a 61.515 pontos. O giro financeiro era de 1,2 bilhão de reais.

O impasse do cenário político também segue no radar, fazendo com que investidores evitem grandes apostas no curto prazo.

A expectativa é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente na próxima semana denúncia contra o presidente Michel Temer, por corrupção passiva e obstrução de justiça, com base na delação do empresário da JBS Joesley Batista.

Neste cenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na quinta-feira que o recesso parlamentar, previsto para ser iniciado no dia 18 de julho, pode ser suspenso para que a Casa possa apreciar uma eventual denúncia contra o presidente Temer.

"O problema é que enquanto temos disputas... em torno da manutenção da Presidência, nada tramita na velocidade esperada", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, em nota a clientes, referindo-se ao andamento das reformas no Congresso Nacional.

Destaques

- Petrobras PN caía 1,8 por cento e Petrobras ON tinha baixa de quase 2 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional. Os papéis da petroleira brasileira ajustavam-se às perdas superiores a 1 por cento de seus respectivos ADRs na quinta-feira.

- Vale PNA recuava 0,45 por cento e Vale ON perdia 1,1 por cento. Na véspera, os ADRs dos papéis preferenciais da mineradora caíram 1,07 por cento, e dos ordinários cederam 1,38 por cento

- Itaú Unibanco PN tinha baixa de quase 1 por cento e Bradesco PN perdia 1 por cento. Os papéis também mostravam ajuste após as perdas de seus respectivos ADRs na quinta-feira e após os ganhos no pregão de quarta-feira, quando as ações do Bradesco subiram 3,87 por cento.

- Suzano Papel e Celulose PNA subia 2,1 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa. No radar estavam as notícias recentes sobre ofertas pela Eldorado Celulose, da J&F. Nesta sexta-feira, uma fonte informou à Reuters que a Arauco apresentou uma proposta pela Eldoroado, que é ainda alvo da Suzano e da Fibria ON, cujas ações recuavam 0,4 por cento.

- JBS ON tinha variação negativa de 0,15 por cento, após oscilar entre os campos positivo e negativo, com alta de quase 6 por cento na máxima até o momento. As ações tinham como pano de fundo notícia publicada pela revista Exame de que o fundo soberano Mubadala, de Abu Dhabi, tenta montar um consórcio de fundos dispostos a comprar o controle da companhia.

- Cesp PNB, que não faz parte do Ibovespa, cedia 3,2 por cento, mantendo o tom negativo de quarta-feira, quando os papéis fecharam com perdas de 4,8 por cento após o Conselho Diretor do Programa de Desestatização recomendar o prosseguimento da venda da empresa sem considerar a renovação do prazo das concessões de suas usinas.

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