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Ibovespa recua com cena política e declínio de commodities

Às 10h51, o Ibovespa caía 1,59%, a 48.933,32 pontos, engatando a quinta queda consecutiva. O volume financeiro era de 680,2 milhões de reais


	Pessoas caminham em frente a Bovespa: às 10h51, o Ibovespa caía 1,59%, a 48.933,32 pontos, engatando a quinta queda consecutiva
 (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)

Pessoas caminham em frente a Bovespa: às 10h51, o Ibovespa caía 1,59%, a 48.933,32 pontos, engatando a quinta queda consecutiva (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 11h53.

São Paulo - O tom negativo prevalecia na Bovespa na manhã desta segunda-feira, diante da repercussão negativa causada pela divulgação de conversa gravada do ministro do Planejamento na qual ele sugere que uma troca no governo federal resultaria em pacto para frear os avanços da operação Lava Jato.

Às 10h51, o Ibovespa caía 1,59%, a 48.933,32 pontos, engatando a quinta queda consecutiva. O volume financeiro era de 680,2 milhões de reais.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo traz que Romero Jucá sugeriu em conversas gravadas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma mudança no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" da Lava Jato, que investiga ambos.

Profissionais do mercado financeiro entendem que tal notícia pode tirar apoio do atual governo, dificultando a aprovação de medidas essenciais para o país.

"A leitura é de que isso vai atrapalhar muito a gestão do (presidente interino) Michel Temer e pode impactar votações no Congresso", disse operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez DTVM.

A queda dos preços de commodities no exterior era mais um fator desfavorável ao pregão brasileiro, onde investidores ainda digeriam o anúncio no final da sexta-feira de meta fiscal com déficit primário de 170,5 bilhões de reais para 2016.

Destaques

PETROBRAS tinha as preferenciais em queda de 5%, contaminadas pelo ruído no ambiente político e declínio dos preços do petróleo , que ofuscavam notícias sinalizando permanência de Ivan Monteiro à frente da diretoria financeira da empresa e de que o governo pretende realizar encontros com investidores para dar publicidade a um amplo plano de venda de ativos estatais.

Também no radar está reunião do Conselho de Administração nesta segunda-feira, que avaliará a indicação de Pedro Parente para a presidência-executiva e para integrar o colegiado.

VALE mostrava as preferenciais em baixa de 1,2%, conforme os preços do minério de ferro no mercado à vista da China caíram 5,4%, tocando o menor patamar desde meados de março, em meio a uma fraca demanda por aço na China.

USIMINAS recuava 4,9%, liderando as perdas entre as siderúrgicas no Ibovespa, com GERDAU caindo 1,9% e CSN cedendo 1,4%.

KROTON caía 4%, em sessão negativa para o setor de educação na Bovespa, após reportagem do jornal O Estado de S.Paulo de que os programas do governo federal de incentivo à educação superior e à profissionalização Fies e Pronatec não devem abrir novas vagas neste ano.

FIBRIA e SUZANO PAPEL E CELULOSE subiam 4 e 2,9%, respectivamente, entre as poucas ações do Ibovespa em alta, beneficiadas pela valorização do dólar ante o real.

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