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Ibovespa recua 0,34% em movimento de ajuste

A alta acumulada na semana passada, quando o Ibovespa subiu em todos os pregões, veio na esteira de um cenário político mais favorável aos mercados

B3: no exterior, dados da economia chinesa ajudaram a manter alguma atratividade aos ativos de risco (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: no exterior, dados da economia chinesa ajudaram a manter alguma atratividade aos ativos de risco (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2017 às 17h57.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta segunda-feria, em movimento de ajuste após subir 5 por cento na semana passada, enquanto as ações da Braskem foram destaque de alta após melhora em recomendação por analistas do Morgan Stanley.

O Ibovespa fechou em queda de 0,34 por cento, a 65.212 pontos. O giro financeiro somou 8,89 bilhões de reais, já incluindo o exercício de opções sobre ações ocorrido na primeira parte do pregão que movimentou 3,25 bilhões de reais.

A alta acumulada na semana passada, quando o Ibovespa subiu em todos os pregões, veio na esteira de um cenário político mais favorável aos mercados, que teve entre os destaques a aprovação da reforma trabalhista e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado ao cenário externo mais ameno.

A partir desta semana, com o recesso no Congresso Nacional, a expectativa é de calmaria no noticiário político, embora os investidores continuem atentos a eventuais novas delações e aos desdobramentos da atual crise política.

No exterior, dados da economia chinesa ajudaram a manter alguma atratividade aos ativos de risco. A economia do país asiático cresceu 6,9 por cento no segundo trimestre ante o mesmo período ano anterior, um pouco acima do que esperado pelo mercado, de 6,8 por cento.

Destaques

- ULTRAPAR ON caiu 3,63 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa. Como pano de fundo estava a notícia publicada pela coluna Radar, no site da revista Veja, informando que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica(Cade) não vai aprovar a venda Alesat Combustíveis pela Ipiranga, divisão da Ultrapar no segmento de combustíveis. Os papéis cederam após acumular alta nos quatro pregões anteriores de 3,15 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 0,96 por cento e BRADESCO PN teve baixa de 0,67 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso das ações em sua composição.

- PETROBRAS PN perdeu 1,23 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 1,25 por cento, em sessão de fraqueza para os preços do petróleo no mercado internacional. No radar também estava o noticiário sobre a petroleira, incluindo a avaliação sobre o percentual da BR Distribuidora que irá a mercado e os dados sobre produção em junho.

- VALE PNA subiu 0,43 por cento e VALE ON ganhou 0,68 por cento, mas longe das máximas do dia quando os papéis preferenciais avançaram quase 2 por cento, em sessão de alta de 3,1 por cento dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- BRASKEM PNA avançou 5,2 por cento, a 38 reais, liderando os ganhos do Ibovespa e na maior cotação histórica de fechamento, após o Morgan Stanley elevar o preço-alvo dos papéis para 46 reais, ante 40 reais, e melhorar a recomendação para "overweight", ante "equal-weight". Na máxima do dia, os papéis subiram pouco mais de 7 por cento.

- SABESP ON teve alta de 2,1 por cento, após o Credit Suisse elevar o preço-alvo para 42 reais, ante 24 reais, mantendo a recomendação "outperform". Os papéis encerraram a sessão negociados a 34,5 reais, máxima histórica de fechamento. No melhor momento do pregão, os papéis subiram pouco mais de 3 por cento.

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