São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta segunda-feira, em linha com o clima mais negativo no exterior e guiada para baixo pela Vale em meio a incertezas sobre o quadro econômico na China.

Às 11h11, o Ibovespa caía 1,07 por cento, a 53.399 pontos, em dia de vencimento de opções sobre ações, que costuma deixar o índice mais volátil. O giro financeiro do pregão era de de quase 1 bilhão de reais.

Na China, o crescimento nos preços de novas casas caiu para a mínima em 11 meses em abril, corroborando preocupações sobre a fraqueza do mercado imobiliário. Os mercados também reagiam a regras de Pequim para apertar as condições de crédito.

"Com a falta de medidas de estímulos do governo, os investidores seguiram temerosos em relação a uma inevitável continuidade da desaceleração econômica do país", escreveram analistas do BB Investimentos em relatório.

As ações preferenciais da Vale, que tem na China o principal destino de suas exportações, caíam cerca de 2 por cento na Bovespa, em movimento seguido pela Bradespar, que possui participação na mineradora.

O ADR da Vale teve seu preço-alvo cortado pelo Credit Suisse na sexta-feira, enquanto o Citi divulgou relatório nesta segunda-feira afirmando que o impacto de curto prazo da queda do preço do minério de ferro nos resultados da empresa deve ser substancial e que os dividendos de 2016 estão sob risco na ausência de melhoria operacional. Os preços do minério de ferro no mercado à vista na China <.IO62-CNI=SI> caíram abaixo de 100 dólares por toneladas nesta segunda.

Entre os destaques de baixa do Ibovespa apareciam ainda as ações de Fibria, Ultrapar e JBS , enquanto MMX e Oi se sobressaíam na ponta positiva.

Com a agenda econômica mais esvaziada nesta segunda, participantes do mercado já antecipavam pesquisa eleitoral do Ibope registrada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com divulgação prevista para a partir de quinta-feira.