Mercados

Ibovespa opera no vermelho; Petrobras pressiona o índice

Ações europeias também desvalorizavam com o mercado espanhol atingido por preocupações sobre a capacidade do país de enfrentar seu déficit

Vista aérea do vazamento de óleo de um poço operado pela petroleira norte-americana Chevron, no campo de Frade, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, em novembro (Rogerio Santana/Divulgação/Reuters)

Vista aérea do vazamento de óleo de um poço operado pela petroleira norte-americana Chevron, no campo de Frade, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, em novembro (Rogerio Santana/Divulgação/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 12h23.

São Paulo – O Ibovespa apresenta forte volatilidade nesta terça-feira e operava no terreno negativo no início da tarde, após a expressiva alta da véspera. O principal índice da bolsa brasileira perdia novamente os 65 mil pontos e, na mínima do dia, caía 0,5%, aos 64.864 pontos.

Lá fora, as ações europeias também desvalorizavam, um dia após registrarem o maior ganho diário em três semanas, com o mercado espanhol atingido por preocupações sobre a capacidade do país de enfrentar seu déficit.

A dívida pública da Espanha atingirá 79,8% do Produto Interno Bruto em 2012, bem acima do teto recomendado pela União Europeia (UE) de 60 por cento. Um aumento no número de desempregados na Espanha também somava-se às preocupações sobre as perspectivas para a economia.

O principal evento econômico previsto para o dia está agendado para as 15 horas, quando o Federal Reserve publica a ata da última reunião de política monetária. O documento, porém, deve destacar o compromisso do Banco Central dos EUA de manter os juros baixos até 2014 e trazer o mesmo tom cauteloso dos últimos avisos dados pelo presidente da instituição, Ben Bernanke.

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Petrobras

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) apresentavam perdas superiores a 1% e contribuíam para a queda do Ibovespa.

A estatal informou que pode ser responsabilizada por parte dos danos causados pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade ocorrido em novembro passado durante operações da petroleira americana Chevron, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro.

Em relatório enviado nesta segunda-feira à Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês), a empresa avisa aos acionistas que pode ter que pagar até 30% da multa a ser aplicada à Chevron pelos prejuízos ambientais e sociais na região. O percentual diz respeito à fatia de participação da brasileira no consórcio com a petrolífera americana, que detém 51,7% da sociedade. Os 18,3% restantes são de uma joint-venture formada por Inpex, Sojitz e Jogmec.

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