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Ibovespa sobe em dia de disparada da Petz, mas tem 3ª queda semanal; Emae cai após privatização

Ações da Petz fecharam em alta de 37% após anúncio de fusão com a Cobasi; nos EUA, S&P fechou em queda pelo sexto pregão seguido

Ibovespa: mercado acompanha desdobramentos de conflito entre Israel e Irã (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado acompanha desdobramentos de conflito entre Israel e Irã (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 19 de abril de 2024 às 10h47.

Última atualização em 27 de maio de 2024 às 13h49.

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira, 19, em alta de 0,75%, aos 125.124 pontos. O movimento, contudo, foi insuficiente para apagar as perdas dos últimos dias e o índice encerrou a semana com queda de 0,60%. Esta foi a terceira queda semanal consecutiva. Já o dólar caiu 0,99% para R$ 5,199, mas fechou a semana em alta de 1,37%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,75%, aos 125.124 pontos

Entre os fatores negativos que pressionaram o mercado brasileiro no período estiveram a mudança de meta fiscal, maior aversão ao risco pelos conflitos no Oriente Médio e a percepção de que os juros americanos permanecerão altos ainda por alguns meses.

Nesta sexta, a alta do Ibovespa foi sustentada especialmente pelas ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), com os maiores pesos do índices, que fecharam com altas próximas a 1,6%. Mas o maior destaque ficou com as ações da Petz (PETZ3), que dispararam 37,14%, após o anúncio de fusão com a Cobasi. Com isso, a companhia ganhou R$ 702 milhões em valor de mercado.

A operação estabelece um preço por ação de R$ 7,10, avaliando a Petz em R$ 3,28 bilhões, 103% acima da cotação de fechamento do último pregão. Mesmo com a alta de hoje, portanto, ainda há um potencial de ganho até o preço atingir o estabelecido para a operação.

Do lado negativo, as ações preferenciais da EMAE desabaram 28%, após o leilão que marcou a privatização da companhia. fundo Phoenix, que tem o investidor Nelson Tanure entre os seus cotistas, levou a participação do governo do Estado de São Paulo por R$ 70,65, após leilão concorrido com a EDP Brasil. As ações preferenciais da companhia fechara a R$ 54,40.

Exterior

Apesar do dia de recuperação no Brasil, em Nova York, o S&P 500 fechou em queda pelo sexto pregão seguido, tendo como pano de fundo a reação ao ataque de Israel contra o Irã. Em resposta a ofensiva do Irã a Israel no sábado, 13, quando o país lançou mais de 300 mísseis e drones por Teerã, Israel atacou uma base militar do país na noite de quinta-feira, 18 (já madrugada de sexta, 19, no Brasil). A informação, inicialmente dada pela imprensa dos Estados Unidos, foi confirmada por duas autoridades militares israelenses, segundo o jornal The New York Times.

Agora, a dúvida que paira sobre o mercado é se o Irã irá responder novamente. Segundo a Reuters, um funcionário iraniano do alto escalão disse que o país não tem um plano de retaliação imediata contra Israel. O resultado no mercado, excluindo o Dow Jones, é a queda dos índices americanos e europeus, além do Ibovespa.

Outro ruído que também rondam a questão é sobre o nível de interferência dos Estados Unidos. Segundo o Estadão, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considera investir mais de US$ 1 bilhão em novos acordos de armas para Israel, incluindo munição para tanques, veículos militares e morteiros, afirmaram fontes da administração. No entanto, segundo O Globo, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os EUA "não participaram de nenhuma operação ofensiva" contra o Irã.

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