Invest

Ibovespa tem forte alta após BCE cortar juros pela primeira vez desde 2019

Bolsa, que vinha no menor patamar do ano, reverteu perdas do último pregão; bolsas da Europa fecharam em alta

Ibovespa: investidores se animam após corte de juros na Europa (Eduardo Frazão/Exame)

Ibovespa: investidores se animam após corte de juros na Europa (Eduardo Frazão/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 6 de junho de 2024 às 10h40.

Última atualização em 6 de junho de 2024 às 17h21.

O Ibovespa subiu 1,23% nesta quinta-feira, 6, e fechou em 122.899 pontos, revertendo as perdas do dia anterior que levaram o índice a fechar no menor patamar do ano. A inversão de sinal é devido a um maior otimismo no exterior, com o Banco Central Europeu (BCE) reduzindo suas principais taxas de juros.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +1,23%, aos 122.899 pontos

A Europa deu a largada e cortou os juros antes do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Pela primeira vez desde 2019, o BCE reduziu seus juros em 25 pontos base. Com a decisão, a taxa de referência caiu de 4% para 3,75%, enquanto a taxa de refinanciamento saiu de 4,50% para 4,25% ao ano e a taxa de empréstimos de 4,75% foi para 4,50%. As bolsas da Europa fecharam em alta.

“Era largamente antecipado que o BCE faria seu primeiro corte de juros na decisão desta manhã, se tornando o segundo banco central do G7 a começar seu ciclo de cortes de juros. Isso porque o Canadá também decidiu essa semana por um primeiro corte, dando início ao grupo do G7 que começa a reduzir seus juros”, pontua Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Mas, segundo o especialista, para além do corte de juros, o mercado está de olho para saber como o BCE irá sinalizar a intensidade dessas reduções nas próximas reuniões. Em entrevista coletiva após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que eles “não se comprometerão com uma trajetória específica para os juros”, mas enfatizou que a perspectiva para inflação tem melhorado “claramente”.

Entretanto, ela destaca que as pressões domésticas sobre os preços seguem fortes e a inflação deve seguir acima da meta no começo de 2025. “Estamos determinados a fazer com que a inflação retorne à meta de 2% [...] E a política seguirá restrita o tempo necessário para garantir isso”, completou.

Nos EUA

De olho nos Estados Unidos, as bolsas americanas podem se beneficiar de uma maior euforia em Wall Street após a Nvidia (NVDC34) se tornar a segunda empresa mais valiosa do mundo em valor de mercado. Ontem, a gigante de semicondutores superou a Apple (AAPL34) após as ações da companhia fecharem o pregão com alta de 5,16% cotadas a US$ 1.224,40.

O salto dos papéis fez o valor de mercado da companhia alcançar a marca dos US$ 3,011 trilhões, deixando a Apple para trás com US$ 3 trilhões. Nvidia só perde para Microsoft (MSFT34) que possui um valor de mercado de US$ 3,15 trilhões, diferença de 4,5%. O crescimento impactou de forma positiva as bolsas de Wall Street. As bolsas americanas fecharam perto da estabilidade.

Dólar hoje

O dólar encerrou a sessão anterior com avanço de 0,23% aos R$ 5,297, maior alta em mais de um ano. A moeda fechou em queda de 0,89% a R$ 5,25.

Acompanhe tudo sobre:Zona do EuroBCEJurosIbovespabolsas-de-valoresNvidia

Mais de Invest

EUA e Adani rompem acordo de financiamento de porto no Sri Lanka

Copom, inflação dos EUA e serviços no Brasil: o que move o mercado

Ações da Alphabet sobem após anúncio de avanço na computação quântica

Fusão de Kroger e Albertsons, avaliada em US$ 24,6 bilhões, é barrada pela Justiça dos EUA