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Ibovespa fecha quase estável após S&P rebaixar nota do Brasil

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,02%, a 79.349 pontos, acumulando alta de 0,35% na semana

B3: o corte do rating não foi o suficiente para pressionar o Ibovespa (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

B3: o corte do rating não foi o suficiente para pressionar o Ibovespa (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 18h48.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta sexta-feira, após renovar máxima histórica intradia, ensaiando algum ajuste depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Brasil, mas com o movimento limitado pela manutenção de perspectivas otimistas no exterior e localmente.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,02 por cento, a 79.349 pontos, acumulando alta de 0,35 por cento na semana. O giro financeiro somou 9,1 bilhões de reais.

O movimento ao longo do pregão foi predominantemente no território negativo, embora o índice tenha ensaiado uma retomada, marcando variação positiva de 0,09 por cento no melhor momento da sessão, a 79.440 pontos, nova máxima histórica intradia.

Na noite passada, a S&P cortou o rating do Brasil para BB-, ante BB, citando a demora na aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas e também em meio a incertezas com as eleições deste ano.

O corte do rating não foi o suficiente para pressionar o Ibovespa, que segue perto de máximas recordes, ajudado ainda pela manutenção de um forte fluxo de investimento estrangeiro neste início de ano.

Apenas nos sete primeiros pregões do ano o saldo externo ficou positivo em quase 3 bilhões de reais, muito acima do verificado no mesmo período do anterior, de cerca de 1,3 bilhão de reais.

"Há fluxo favorável para o mercado e as quedas acabam acontecendo mais no intraday ou são absorvidas rapidamente em função do noticiário positivo e do fluxo", disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo.

Destaques

- KROTON ON teve baixa de 4,33 por cento e ESTÁCIO PARTICPAÇÕES ON perdeu 2,63 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa após a avaliação da Controladoria-Geral da União (CGU) apontando que alunos do Fies pagam mensalidades mais caras que estudantes for a do programa. Os papéis da Kroton tiveram pressão adicional ainda na esteira do corte na recomendação do papel e no preço-alvo pelos analistas do JP Morgan.

- ELETROBRAS ON recuou 2,27 por cento e ELETROBRAS PNB caiu 1,4 por cento, à espera de novidades sobre o processo de privatização, após uma liminar suspender, na véspera, trecho da medida provisória que retirava vetos à privatização da elétrica e de suas subsidiárias, em ação que pode afetar os prazos da privatização.

- PETROBRAS PN teve alta de 0,29 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,77 por cento, após trocar de sinal algumas vezes ao longo da sessão e firmando-se no azul conforme os preços do petróleo no mercado internacional também migraram para o território positivo.

- VALE ON subiu 0,58 por cento, devolvendo as perdas vistas mais cedo e indo na contramão do movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, que caíram nesta sessão.

- USIMINAS PNA teve alta de 2,04 por cento,mantendo o tom positivo após a melhora na véspera do preço-alvo para os papéis das siderúrgicas pelo BTG Pactual. GERDAU PN, no entanto, terminou a sessão estável e CSN ON devolveu os ganhos vistos mais cedo e fechou em queda de 3,13 por cento, em movimento de ajuste após as altas recentes.

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