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Ibovespa fecha no azul pelo quarto pregão consecutivo

Índice subiu 0,03%, a 47.393 pontos, no quarto pregão seguido de variação positiva


	Bovespa: giro financeiro do pregão desta segunda foi de 4,72 bilhões de reais
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: giro financeiro do pregão desta segunda foi de 4,72 bilhões de reais (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 18h50.

São Paulo - A Bovespa fechou praticamente estável nesta segunda-feira, após ter operado em baixa em grande parte do dia por notícias desanimadoras da China e perspectivas mais modestas para o crescimento do PIB brasileiro.

O Ibovespa subiu 0,03 por cento, a 47.393 pontos, no quarto pregão seguido de variação positiva. O giro financeiro do pregão foi de 4,72 bilhões de reais.

O índice chegou a subir 0,33 por cento à tarde, mas devolveu parte dos ganhos e se descolou de Wall Street, cujos principais índices avançavam quando a bolsa paulista fechou.

"O que puxou o desempenho para baixo foi a Vale. Aparentemente o mercado está trabalhando com performance ruim da empresa no quarto trimestre, por impacto da adesão ao (programa de refinanciamento de dívidas tributárias) Refis", afirmou o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.

A mineradora, que divulga seus resultados trimestrais na quarta-feira, foi a maior pressão de baixa sobre o Ibovespa. Suas ações preferenciais caíram 2,78 por cento, a 29,76 reais, enquanto as ordinárias perderam 2,72 por cento, a 33,67 reais.

Por outro lado, os papéis da Petrobras tiveram a maior influência positiva no índice. As ações preferenciais da estatal subiram 2,47 por cento, a 14,50 reais, enquanto as ordinárias tiveram alta de 1,79 por cento, a 13,64 reais. A petroleira divulga seu balanço na terça-feira.

Economistas de instituições financeiras reduziram a previsão de expansão anual do PIB brasileiro pela terceira semana seguida, a 1,67 por cento, conforme revelado pela pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda.

Também no front doméstico, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,7 por cento em fevereiro ante janeiro, para o menor patamar desde 2009.

"A questão fiscal ainda pesa e o Focus não veio bem hoje de novo", disse à Reuters o analista Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.

Ele ponderou que os fatores que guiaram a queda de 1,7 por cento da bolsa na última semana continuam no radar dos investidores, impedindo que o índice acompanhe o desempenho dos mercados estrangeiros.

"O setor de construção civil também está pesando e Usiminas e CSN continuam com performance negativa", observou Montenegro.

Ações chinesas dos setores imobiliário e bancário caíram nesta segunda-feira, após notícias que alimentaram temores de que bancos no país pararam de estender empréstimos para companhias do setor de construção.

Participantes do mercado avaliaram que a desaceleração dos empréstimos chineses impactará principalmente os setores de mineração e siderurgia no Brasil, sendo que este último já enfrentaria pressão adicional pelo risco de racionamento de energia no país.

Os papéis da Braskem tiveram a pior performance do Ibovespa, com recuo de 3,29 por cento, após a petroquímica ter anunciado na sexta-feira que havia elevado em 78 por cento sua oferta para a aquisição das ações da fabricante de plástico Solvay Indupa.

Já as ações da ALL dispararam nesta segunda depois da Rumo Logística, subsidiária da Cosan, anunciar proposta para unir os negócios das duas empresas, criando uma gigante no setor de transportes no Brasil.

Os papéis da companhia aérea Gol também subiram na sessão, na esteira da divulgação de corte de projeções de crescimento da oferta de assentos em voos domésticos para simplificação da configuração das aeronaves e oferta de mais espaço entre as poltronas.

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