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Ibovespa fecha em queda, mas tem 3º mês de alta seguida

O principal índice da Bovespa fechou em queda, alinhado ao recuo em Wall Street e ao enfraquecimento do petróleo


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa caiu 0,74 por cento, a 53.910 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa caiu 0,74 por cento, a 53.910 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2016 às 17h44.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, alinhado ao recuo em Wall Street e ao enfraquecimento do petróleo, mas auferiu o terceiro mês seguido de ganhos, refletindo perspectivas políticas e o avanço de commodities no período.

A última sessão de abril também foi marcada por nova bateria de resultados corporativos, com as ações da Embraer entre as maiores quedas, diante do recuo do dólar e das margens operacionais do primeiro trimestre.

O Ibovespa caiu 0,74 por cento, a 53.910 pontos. Na máxima, chegou a subir 0,7 por cento.

O volume financeiro somou 9 bilhões.

Apesar do recuo na sessão, o Ibovespa acumulou alta de 1,9 por cento na semana e ganho de 7,7 por cento em abril.

A última prévia da carteira do Ibovespa, que irá vigorar a partir de segunda-feira, foi divulgada nesta sexta-feira e confirmou a saída das ações da varejista Cia Hering e da operadora de telecomunicações , sem novas entradas.

No exterior, o norte-americano S&P 500 recuou 0,5 por cento, reduzindo as perdas no final da sessão, enquanto o petróleo terminou quase estável após ganhos no começo do dia, embora tenha encerrado o mês em alta ao redor de 20 por cento.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO caiu 1,5 por cento e BRADESCO recuou 1,22 por cento, ambos sofrendo com a piora em Nova York, pesando no Ibovespa dada as relevantes fatias que ambos detêm no índice.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais estáveis, após sessão volátil, acompanhando o movimento dos preços do petróleo . Os papéis também seguem afetados por perspectivas políticas.

- EMBRAER reduziu as perdas no ajuste e fechou em baixa de 3,88 por cento, em sessão de queda do dólar ante o real e após resultado do primeiro trimestre mostrar queda nas margens, apesar do crescimento forte de entregas e reversão de prejuízo para lucro. Na mínima, caiu mais de 9 por cento, indo abaixo de 20 reais.

- VALE encerrou com as preferenciais em alta de 1,22 por cento, alinhadas ao avanço dos preços do minério de ferro na China <.IO62-CNI=SI> com forte demanda por aço, ajudando a atenuar o declínio do Ibovespa.

- CIA HERING avançou 2,25 por cento, apesar da queda de 30 por cento no lucro do primeiro trimestre. O UBS disse que os números foram fracos, mas não tão ruins quanto o esperado. Profissionais do mercado citaram cobertura de posições vendidas no papel (short squeeze).

- BRF subiu 0,41 por cento, revertendo o recuo da abertura, com cobertura de posições vendidas e perspectivas mais otimistas para o segundo trimestre, após a empresa apurar queda de 91,5 por cento no lucro dos primeiros três meses do ano.

Texto atualizado às 17h43

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