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Ibovespa renova mínima do ano em sessão com vencimentos e Fed

O Ibovespa caiu 0,87 por cento, a 72.122 pontos, nova mínima do ano, tendo tocado 71.035 pontos no pior momento, em queda de 2,36 por cento

Ibovespa: volume financeiro totalizou 33,79 bilhões de reais (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

Ibovespa: volume financeiro totalizou 33,79 bilhões de reais (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

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Reuters

Publicado em 13 de junho de 2018 às 17h11.

Última atualização em 13 de junho de 2018 às 17h48.

São Paulo - A bolsa paulista fechou no vermelho nesta terça-feira, com os negócios influenciados pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, em sessão em que o Federal Reserve elevou a taxa básica de juros dos Estados Unidos e sinalizou novas altas este ano.

O Ibovespa caiu 0,87 por cento, a 72.122 pontos, nova mínima do ano, tendo tocado 71.035 pontos no pior momento, em queda de 2,36 por cento. O volume financeiro totalizou 33,79 bilhões de reais, inflado pelos negócios ligados aos vencimentos.

Na véspera, o principal índice de ações da B3 subiu 0,6 por cento, encerrando uma série de cinco quedas seguidas, em que acumulou perda de 8 por cento, com os negócios afetados pelas incertezas no cenário político-eleitoral e sobre o ritmo da economia brasileira.

Na visão do gestor-chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, pesaram no mercado a indicação pelo Fed de mais duas altas dos juros norte-americanos este ano. "Mercados emergentes em geral tiveram um dia pressionados", afirmou. O índice MSCI de ações de mercados emergentes caiu 0,4 por cento.

O banco central norte-americano elevou os juros como esperado, em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 1,75 e 2 por cento, e sinalizou mais duas elevações neste ano, citando a inflação mais alta.

Kraiser também atribuiu o movimento no pregão a operações relacionadas ao vencimento do Ibovespa futuro.

Destaques

- BRF caiu 3,3 por cento, a 20,20 reais, tendo reduzido fortemente a queda no leilão de fechamento, após reportagem publicada no site do jornal Valor Econômico que afirma que o conselho de administração da companhia deve se reunir na quinta-feira para aprovar a indicação de Pedro Parente como presidente-executivo da empresa. Antes do leilão, papel era negociado a 19,64 reais, tento recuado a 19,41 reais no pior momento, com o anúncio de desativação de uma linha de produção de perus somando-se ao catálogo de notícias negativas sobre a companhia.

- CIELO recuou 5,39 por cento, a 14,58 reais, menor preço de fechamento desde setembro de 2013. Um gestor ouvido pela Reuters atribuiu o movimento à pressão vendedora em razão de perspectiva de maior competição no setor de meios eletrônicos de pagamentos.

- ULTRAPAR perdeu 4,18 por cento, pressionada por aprovação por senadores de urgência na tramitação de projeto que autoriza o produtor de etanol a vender diretamente aos postos de combustíveis, conforme informação da Agência Senado. Na visão de analistas do Itaú BBA, se aprovada, a mudança iria piorar o cenário competitivo e implicaria em margens menores nos volumes de etanol para o negócio de distribuição. BR DISTRIBUIDORA , que não está no Ibovespa, caiu 2,14 por cento.

- PETROBRAS PN cedeu 1,88 por cento e PETROBRAS ON recuou 1,37 por cento, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior , enquanto seguem as incertezas sobre a autonomia da petrolífera de controle estatal.

- ELETROBRAS ON encerrou com acréscimo de 3,33 por cento, após o governo dizer na véspera que irá priorizar a aprovação de um projeto de lei sobre a privatização de distribuidoras da elétrica de controle estatal. ELETROBRAS PNB subiu 5,11 por cento.

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