São Paulo - A Bovespa devolvia ganhos no início da tarde desta segunda-feira, com a abertura das bolsas norte-americanas no campo negativo e a perda de força das ações da Petrobras.

Às 13h04, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,05 por cento, a 49.723 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,9 bilhão de reais.

O índice não conseguia sustentar alta que chegou a 0,62 por cento pela manhã, puxado para baixo por Petrobras, que também devolvia ganhos, e BM&FBovespa depois da abertura das bolsas dos Estados Unidos. "Estamos sem tendência definida... A bolsa está de certo modo com um movimento muito em cima do estrangeiro, os 'players' locais estão muito fora do mercado", afirmou o estrategista Alexandre Ghirghi, da Método Investimentos.

Ghirghi acrescentou que, a partir desta semana, os balanços de empresas norte-americanas começam a nortear o movimento de investidores. "Eles podem mostrar que, independente da situação (econômica), as empresas vão bem, o que deve no mínimo sustentar as bolsas dos Estados Unidos", disse.

Em um dia fraco em indicadores, participantes do mercado ainda reavaliavam o ritmo com que o banco central dos EUA pode reduzir seu estímulo após dados fracos de emprego no país na sexta-feira. No lado interno, era aguardada a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central brasileiro nesta semana.

No cenário corporativo, Qualicorp e Gerdau tinham as maiores quedas do Ibovespa.

BM&FBovespa também caía depois que analistas do UBS cortaram o preço das ações da operadora da bolsa paulista de 14,5 para 13,5 reais, citando uma redução nos volumes negociados previstos para os próximos anos. No outro sentido, as ações da construtora Gafisa e do Grupo Pão de Açúcar apareciam entre as maiores altas. A varejista divulgou números operacionais do quarto trimestre do ano passado nesta manhã. A receita líquida consolidada do grupo subiu 16,2 por cento no quarto trimestre de 2013 sobre igual período de 2012. Embraer era outro destaque de alta. Analistas da HSBC Securities afirmaram em relatório enviado a clientes nesta segunda que as entregas de aeronaves comerciais da empresa foram robustas no quarto trimestre, reforçando a credibilidade da administração e somando ímpeto a uma companhia que já está se beneficiando de um dólar mais forte.