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Ibovespa fecha em queda, mas sobe 11,7% na semana

Pessimismo sobre acordo do petróleo derruba preço da commodity e pesa sobre ações da Petrobras

Bolsa: Ibovespa tem maior alta semanal desde fevereiro de 2016 (d3sign/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa tem maior alta semanal desde fevereiro de 2016 (d3sign/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2020 às 17h26.

Última atualização em 9 de abril de 2020 às 18h42.

O Ibovespa fechou em queda, nesta quinta-feira, 9, com a decepção sobre o corte da produção mundial de petróleo. Puxado pelas ações da Petrobras, o principal índice brasileiro de ações caiu 1,2% e encerrou em 77.681,96 pontos, pondo fim à sequência de valorizações que durava desde o início da semana. Apesar da queda, o Ibovespa teve alta semanal de 11,71% - a maior desde fevereiro de 2016, quando o índice subiu 18%.

Segundo a agência de notícias Reuters, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) pode reduzir a produção diária de petróleo em até 12 milhões de barris, mas, países que não integram o bloco teriam que se comprometer com outros 5 milhões barris, totalizando um corte de 17 milhões de barris. Mais cedo, havia a expectativa de que a produção diminuísse em até 20 milhões de barris. No mercado futuro de commodities, o petróleo WTI reverteu a alta, que chegou a ser de 10%, e recuou 7,5%.

Com a piora dos ânimos, as ações da Petrobras também entraram em território negativo. Os papéis ordinários da estatal se desvalorizaram 3,66% e os preferenciais, 2,89%. Na máxima, os ativos chegaram a subir mais de 7%.

Mas nem tudo foi ruim. Pela manhã, o pregão começou em tom positivo, após o Federal Reserve anunciar um pacote de estímulos de 2,3 trilhões de dólares e os pedidos de seguro desemprego terem diminuído nos Estados Unidos. 

O pacote do Fed servirá como linha de crédito para governos estaduais e municipais e pequenas e médias empresas com até 10.000 funcionários. “É injeção de liquidez na veia. Isso ajuda o mercado”, comentou Marcel Zambello, analista da Necton Investimentos.

Foram registrados 6,606 milhões de pedidos de seguro desemprego. A quantidade, embora tenha ficado acima dos 5,250 milhões esperados pelo mercado, ficou abaixo do resultado anterior, que apontou para 6,628 milhões de pedidos. 

Os números de pedidos tem superado repetidamente as projeções dos economistas. “Agora o mercado jogou a expectativa para cima e veio mesmo assim acima. Mas o otimismo vem porque grande parte desses empregos é de baixa qualidade e alto giro”, disse Zambello. 

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