Mercados

Ibovespa cai quase 1% pressionada por Itaú e Cielo

O mercado também manteve no radar a votação da proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados

B3: "Para engrenar de novo a tendência de alta e buscar um patamar histórico (do Ibovespa) a gente vai precisar da convicção de que a reformas vão passar sem sustos, porque elas já estão muito desidratadas" (Paulo Whitaker/Reuters)

B3: "Para engrenar de novo a tendência de alta e buscar um patamar histórico (do Ibovespa) a gente vai precisar da convicção de que a reformas vão passar sem sustos, porque elas já estão muito desidratadas" (Paulo Whitaker/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 18h34.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta quarta-feira, com as ações do Itaú Unibanco e da Cielo entre as maiores pressões negativas, ao lado da Vale.

O Ibovespa caiu 0,94 por cento, a 66.093 pontos. O volume financeiro somou 8,62 bilhões de reais.

O mercado também manteve no radar a votação da proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados.

O presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS) disse esperar concluir a votação da matéria no colegiado ainda nesta quarta-feira e que a votação no plenário da Casa deve acontecer na segunda quinzena de maio.

Perto do fechamento dos mercados, houve ruídos sobre a votação na comissão ainda nesta quarta-feira, mas uma fonte disse à Reuters que o governo pediu a retirada do texto de mudança para agentes penitenciários, o que teria mantido a votação para esta sessão.

"Para engrenar de novo a tendência de alta e buscar um patamar histórico (do Ibovespa) a gente vai precisar da convicção de que a reformas vão passar sem sustos, porque elas já estão muito desidratadas", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

No exterior, as atenções foram direcionadas à decisão do Federal Reserve, que manteve a taxa de juros dos Estados Unidos em uma faixa entre 0,75 e 1 por cento e minimizou o fraco crescimento econômico no primeiro trimestre.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 1,65 por cento, após resultado do primeiro trimestre, que mostrou lucro recorrente de 6,176 bilhões de reais, alta de 6,2 por cento sobre o trimestre anterior. Segundo analistas do BTG Pactual, as expectativas para os resultados do Itaú subiram muito, especialmente após dados acima do esperado de Santander e Bradesco, e não foram completamente alcançadas.

- CIELO ON caiu 5,56 por cento, com o balanço trimestral mostrando receita mais fraca que o esperado. Segundo analistas do Santander, a tendência de receita muito fraca do trimestre acende sinal amarelo para as perspectivas de curto a médio prazo da empresa. Nos primeiros três meses do ano, a Cielo registrou receita líquida consolidada de 2,801 bilhões reais, queda de 8,1 por cento ante igual período do ano passado.

- VALE PNA perdeu 5,36 por cento e VALE ON recuou 6,2 por cento, pior desempenho do índice, devolvendo os ganhos da véspera e em sessão de baixa para os futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN subiu 1,22 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,63 por cento, acompanhando os preços do petróleo que encerram uma sessão volátil em alta, e após o Credit Suisse elevar o preço-alvo para os ADRs da petroleira para 12,40 dólares, ante 11 dólares.

- EMBRAER ON subiu 3,59 por cento, entre os principais destaques positivos do Ibovespa, recuperando-se das perdas da véspera, quando caiu quase 4 por cento após a divulgação do balanço do primeiro trimestre.

- MULTIPLUS ON, que não faz parte do Ibovespa, avançou 10,13 por cento, a maior alta histórica do papel, e fechou na maior cotação desde o fim de outubro do ano passado. A empresa reportou lucro líquido de 134,4 milhões de reais, alta de 5,8 por cento ante igual período do ano passado e acima do esperado por analistas do BTG Pactual, que consideraram os números fortes para os três primeiros meses do ano.

Acompanhe tudo sobre:B3CieloIbovespaItaúReforma da Previdência

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame