Ibovespa cai forte e registra 4ª queda semanal consecutiva
Mercado ainda está preocupado com expectativa de menos estímulos nos Estados Unidos e preocupações com a economia brasileira
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 18h13.
São Paulo - O índice referencial da Bovespa voltou ao menor nível em mais de quatro anos nesta sexta-feira, marcando a quarta baixa semanal consecutiva, diante da expectativa de menos estímulos nos Estados Unidos e preocupações com a economia brasileira.
O Ibovespa perdeu 2,38 %, a 47.068 pontos, segundo dados preliminares. Esse é o menor patamar de fechamento desde abril de 2009. O giro financeiro do pregão foi de 8,58 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou queda de 4,6 %.
"O ambiente aqui está realmente fraco", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil, citando que não há sinais de mudança de cenário no curto prazo.
A perspectiva de redução do programa de compra de títulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, azedou de vez o humor dos mercados nesta semana.
A Bovespa também sentia o peso das preocupações com o cenário doméstico, incluindo as perspectivas para inflação.
Embora tenha desacelerado a alta em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) estourou o teto da meta do governo em 12 meses.
Além disso, a recente disparada do dólar --que só em junho acumula alta de 4,77 % ante o real-- repercutia nas perspectivas para companhias listadas em bolsa. É o caso da Petrobras, cuja ação preferencial caiu 3 % nesta sexta-feira, sendo a principal contribuição negativa para o Ibovespa.
Segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, a petrolífera deve sentir os efeitos da "variação abrupta" do câmbio, por ter dívida e custos em dólar, mas ainda é preciso esperar para dimensionar o problema.
Profissionais de mercado citavam ainda as recentes manifestações em todo o Brasil como fonte adicional de preocupação. Na quinta-feira, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas de dezenas de cidades para pedir melhoria dos serviços públicos e protestar contra a corrupção e os gastos para a Copa do Mundo de 2014, entre outras coisas.
"Essas manifestações traduzem o sentimento negativo da população com relação aos governos do país como um todo. É algo que mostra que não está tudo às mil maravilhas como o governo fala que está", disse o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos.
A ação da Copel afundou quase 17 % nesta sexta-feira, após o governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmar que pedirá à distribuidora para "segurar" a aplicação do reajuste tarifário médio de 14,61 % aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na véspera.
Ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista, também se destacaram na ponta negativa, lideradas por LLX. A companhia de carvão CCX, que não faz parte do Ibovespa, foi a única do grupo a fechar em alta, após afundar 37,5 % na véspera.
Em sentido oposto, a empresa de meio de pagamentos Cielo e a empresa de investimentos em imóveis comerciais BR Properties foram as principais altas do índice.
O Conselho da BR Properties aprovou a venda de empreendimentos imobiliários avaliados em 690 milhões de reais, informou a companhia nesta manhã.
São Paulo - O índice referencial da Bovespa voltou ao menor nível em mais de quatro anos nesta sexta-feira, marcando a quarta baixa semanal consecutiva, diante da expectativa de menos estímulos nos Estados Unidos e preocupações com a economia brasileira.
O Ibovespa perdeu 2,38 %, a 47.068 pontos, segundo dados preliminares. Esse é o menor patamar de fechamento desde abril de 2009. O giro financeiro do pregão foi de 8,58 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou queda de 4,6 %.
"O ambiente aqui está realmente fraco", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil, citando que não há sinais de mudança de cenário no curto prazo.
A perspectiva de redução do programa de compra de títulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, azedou de vez o humor dos mercados nesta semana.
A Bovespa também sentia o peso das preocupações com o cenário doméstico, incluindo as perspectivas para inflação.
Embora tenha desacelerado a alta em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) estourou o teto da meta do governo em 12 meses.
Além disso, a recente disparada do dólar --que só em junho acumula alta de 4,77 % ante o real-- repercutia nas perspectivas para companhias listadas em bolsa. É o caso da Petrobras, cuja ação preferencial caiu 3 % nesta sexta-feira, sendo a principal contribuição negativa para o Ibovespa.
Segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, a petrolífera deve sentir os efeitos da "variação abrupta" do câmbio, por ter dívida e custos em dólar, mas ainda é preciso esperar para dimensionar o problema.
Profissionais de mercado citavam ainda as recentes manifestações em todo o Brasil como fonte adicional de preocupação. Na quinta-feira, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas de dezenas de cidades para pedir melhoria dos serviços públicos e protestar contra a corrupção e os gastos para a Copa do Mundo de 2014, entre outras coisas.
"Essas manifestações traduzem o sentimento negativo da população com relação aos governos do país como um todo. É algo que mostra que não está tudo às mil maravilhas como o governo fala que está", disse o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos.
A ação da Copel afundou quase 17 % nesta sexta-feira, após o governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmar que pedirá à distribuidora para "segurar" a aplicação do reajuste tarifário médio de 14,61 % aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na véspera.
Ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista, também se destacaram na ponta negativa, lideradas por LLX. A companhia de carvão CCX, que não faz parte do Ibovespa, foi a única do grupo a fechar em alta, após afundar 37,5 % na véspera.
Em sentido oposto, a empresa de meio de pagamentos Cielo e a empresa de investimentos em imóveis comerciais BR Properties foram as principais altas do índice.
O Conselho da BR Properties aprovou a venda de empreendimentos imobiliários avaliados em 690 milhões de reais, informou a companhia nesta manhã.