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Ibovespa tem queda puxada por bancos e após teste de Bolsonaro

Principal índice da bolsa já era negociado no vermelho, mas ampliou a queda com a notícia de que o presidente testou positivo para o novo coronavírus

The commercial dollar was trading higher and the Bovespa was falling on Thursday (23). At around 1:25 a.m., the US currency appreciated 1.13%, to R $ 3,131 in the sale. At the same time, the Ibovespa, the main index of the Brazilian Stock Exchange, fell 0.16%, to 63,421.23 points. The political landscape and the unfolding of the Carne Locha operation remained on investors' radar, which should still echo the approval of the outsourcing project in the Chamber of Deputies and the announcement of a nearly $ 60 billion in budget this year. (Photo by Cris Faga/NurPhoto via Getty Images) (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

The commercial dollar was trading higher and the Bovespa was falling on Thursday (23). At around 1:25 a.m., the US currency appreciated 1.13%, to R $ 3,131 in the sale. At the same time, the Ibovespa, the main index of the Brazilian Stock Exchange, fell 0.16%, to 63,421.23 points. The political landscape and the unfolding of the Carne Locha operation remained on investors' radar, which should still echo the approval of the outsourcing project in the Chamber of Deputies and the announcement of a nearly $ 60 billion in budget this year. (Photo by Cris Faga/NurPhoto via Getty Images) (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de julho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 7 de julho de 2020 às 18h03.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, fechou em queda, nesta terça-feira, 7. O movimento é puxado pelas ações do grandes bancos, que registram fortes perdas, após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defender o fim dos juros do cartão de crédito e do cheque especial. O Ibovespa recuou 1,19% e encerrou em 97.761,04 pontos. Com o segundo maior peso no índice, os papéis preferenciais do Itaú caíram 4,9%, enquanto os do Santander, Bradesco e Banco do Brasil desvalorizaram cerca de 4%.

O tom negativo na bolsa brasileira iniciou logo na abertura, com o cenário externo negativo pressionando as negociações. O movimento, porém, se intensificou depois que o presidente Jair Bolsonaro divulgou que testou positivo para o novo coronavírus.

A preocupação não é apenas com o bem-estar de Bolsonaro, mas com o potencial contágio de ministros e parlamentares do primeiro escalão que recentemente se encontraram com o presidente. "Além disso, o discurso do presidente de não fazer autoisolamento perde força nesse momento, o que pode facilitar o fechamento dos comércios nos estados", afirma Bruno Lima, analista de renda variável da EXAME Research.

Para Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, o resultado do teste desagradou o mercado. "Isso prejudica a imagem dele, porque era algo que ele poderia ter evitado andando de máscara. Ele abusou em alguns momentos. Foi irresponsabilidade", disse.

O Ibovespa já vinha no vermelho, devolvendo em parte a valorização do pregão anterior quando encerrou em alta de 2,24%, após o governo chinês afirmar no China Securities Journal, veículo oficial do país, que a recuperação econômica passa por um mercado acionário mais forte. Nesta terça, o mesmo jornal adotou um tom mais ponderado. Dúvidas sobre a recuperação da economia global também pressionaram negativamente os mercados internacionais.

Na União Europeia, a projeção de crescimento do PIB foi revisada de contração de 7,5% para queda de 8,3% neste ano. O bloco também reduziu a expectativa de expansão econômica referente ao ano que vem de 6% para 5,8%. "O impacto econômico do lockdown é mais severo do que o esperado inicialmente. Nós continuamos navegando em águas tempestuosas e enfrentando vários riscos", disse Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia. Com o maior pessimismo sobre a economia europeia, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,57%.

“A notícia da União Europeia está refletindo em preço piores para os mercados europeus”, disse Lima. Como pano de fundo para a revisão das projeções europeias, segundo ele, está a produção industrial da Alemanha, principal país, em termos econômicos, do bloco.

Também contribuiu para o movimento de queda o aumento do número de casos de coronavírus nos Estados Unidos, que já ultrapassa 2,9 milhões, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. De acordo com a CNN americana, a taxa de infecção continua aumentando em 32 dos 50 estados americanos. Por lá, o índice S&P 500 caiu 1,08%.

“Isso causa uma apreensão em relação à velocidade da recuperação econômica, já que é possível a volta de bloqueios em alguns estados americanos”, afirmou Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.

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