Ibovespa cai com aversão ao risco e interrompe altas
Índice da bolsa caiu 0,81 por cento, a 51.399 pontos, fechando a semana com baixa acumulada de 1,37 por cento
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2014 às 18h11.
São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu nesta sexta-feira, com investidores evitando ativos mais arriscados em meio à escalada da crise na Ucrânia, e no cenário doméstico as atenções se voltaram para os balanços corporativos.
O Ibovespa caiu 0,81 por cento, a 51.399 pontos, fechando a semana com baixa acumulada de 1,37 por cento. Com isso, interrompeu série de cinco altas semanais consecutivas. O giro financeiro do pregão totalizou 5,3 bilhões de reais.
O clima do pregão foi de aversão ao risco nas principais praças financeiras globais, diante de temores de que as tropas russas possam invadir território ucraniano. Os EUA afirmaram nesta sexta estarem preparados para impor maiores sanções sobre a Rússia, enquanto separatistas pró-Moscou capturaram um ônibus carregando mediadores internacionais.
"A Bovespa acompanha o mau humor do mercado internacional, que amanheceu assustado com essa crise geopolítica. Os mercados estão fugindo para ativos menos arriscados", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.
Na avaliação do gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos, investidores aproveitaram o pregão de baixa no exterior para realizar lucros na Bovespa, conforme questões macroeconômicas voltaram a incomodar o mercado.
"O mercado voltou a pensar sobre o que vai acontecer com a economia. Não temos um crescimento expressivo do PIB, então não há uma perspectiva boa para os balanços de empresas", afirmou. "Por exemplo, a Usiminas anunciou um belo resultado ontem, mas logo em seguida falou que a produção de automóveis deve cair no segundo trimestre".
Para Santos, a questão deixa o mercado hesitante em investir na bolsa, o que se traduziu no baixo volume de negócios.
Cia Hering caíram 3,47 por cento, após a varejista divulgar números trimestrais na quinta-feira, com lucro líquido 6,9 por cento menor na comparação anual e 10,3 por cento abaixo das estimativas do Citi Research.
O papel preferencial da Vale recuou mais de 2 por cento, devolvendo ganhos da véspera, quando fora favorecido por decisão do Superior Tribunal da Justiça sobre tributação de controladas da mineradora no exterior.
Rossi Residencial caiu quase 7 por cento, depois de subirem mais de 3 por cento nos dois últimos pregões.
Na ponta positiva, América Latina Logística (ALL) subiu 4,86 por cento. O papel teve recomendação elevada pelo JPMorgan de "neutra" para "overweight" (acima da média do mercado). O preço-alvo subiu de 7,50 para 11 reais.
São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu nesta sexta-feira, com investidores evitando ativos mais arriscados em meio à escalada da crise na Ucrânia, e no cenário doméstico as atenções se voltaram para os balanços corporativos.
O Ibovespa caiu 0,81 por cento, a 51.399 pontos, fechando a semana com baixa acumulada de 1,37 por cento. Com isso, interrompeu série de cinco altas semanais consecutivas. O giro financeiro do pregão totalizou 5,3 bilhões de reais.
O clima do pregão foi de aversão ao risco nas principais praças financeiras globais, diante de temores de que as tropas russas possam invadir território ucraniano. Os EUA afirmaram nesta sexta estarem preparados para impor maiores sanções sobre a Rússia, enquanto separatistas pró-Moscou capturaram um ônibus carregando mediadores internacionais.
"A Bovespa acompanha o mau humor do mercado internacional, que amanheceu assustado com essa crise geopolítica. Os mercados estão fugindo para ativos menos arriscados", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.
Na avaliação do gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos, investidores aproveitaram o pregão de baixa no exterior para realizar lucros na Bovespa, conforme questões macroeconômicas voltaram a incomodar o mercado.
"O mercado voltou a pensar sobre o que vai acontecer com a economia. Não temos um crescimento expressivo do PIB, então não há uma perspectiva boa para os balanços de empresas", afirmou. "Por exemplo, a Usiminas anunciou um belo resultado ontem, mas logo em seguida falou que a produção de automóveis deve cair no segundo trimestre".
Para Santos, a questão deixa o mercado hesitante em investir na bolsa, o que se traduziu no baixo volume de negócios.
Cia Hering caíram 3,47 por cento, após a varejista divulgar números trimestrais na quinta-feira, com lucro líquido 6,9 por cento menor na comparação anual e 10,3 por cento abaixo das estimativas do Citi Research.
O papel preferencial da Vale recuou mais de 2 por cento, devolvendo ganhos da véspera, quando fora favorecido por decisão do Superior Tribunal da Justiça sobre tributação de controladas da mineradora no exterior.
Rossi Residencial caiu quase 7 por cento, depois de subirem mais de 3 por cento nos dois últimos pregões.
Na ponta positiva, América Latina Logística (ALL) subiu 4,86 por cento. O papel teve recomendação elevada pelo JPMorgan de "neutra" para "overweight" (acima da média do mercado). O preço-alvo subiu de 7,50 para 11 reais.