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Ibovespa cai 5,7% e atinge a menor pontuação desde julho de 2009

Apenas os papéis da JBS subiram no dia; investidores estão preocupados com o ritmo de crescimento da economia global

Investidor (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 19h48.

São Paulo - O Ibovespa viveu um dia de pânico e desabou 5,72%, aos 52.811 pontos. É o menor nível desde 17 de julho de 2009, quando a bolsa terminou a sessão aos 52.072 pontos. A queda de hoje foi também a maior entre as bolsas no mundo ( veja infográfico ) e a mais acentuada desde 21 de novembro de 2008 (-6,45%). O principal índice de ações do país chegou a cair 6,04%, para os 52.628 pontos.O volume financeiro girado na bolsa foi de 9,7 bilhões de reais.

"O aumento da aversão ao risco ficou evidente nesta quinta-feira, com os mercados acionários começando a precificar uma nova recessão mundial", afirma Marco Melo, chefe da área de pesquisa da Ágora Corretora, em relatório. Para o analista técnico e sócio da Leandro&Stormer, Leandro Ruschel, o índice rompeu uma barreira importante aos 57.600 pontos na terça-fera e, agora, o mais importante está em 30 mil pontos. "Isso sinaliza que há bastante combustível para a queda, do ponto de vista técnico”, destaca

As bolsas americanas encerraram em forte queda no pior dia desde a crise financeira de 2008. O índice Dow Jones, o mais acompanhado de Wall Street, recuou para 11.383 pontos, a 4,31%. O índice Nasdaq100 caiu 5,08%, para 2.556 pontos e o S&P500 recuou 4,78%, para 1.200 pontos. As principais bolsas da Europa também fecharam o pregão com forte desvalorização. O índice europeu de ações FTSEurofirst 300 encerrou a sessão com baixa de 3,33%, a 993 pontos.

Após o medo sobre a possibilidade de um calote da dívida americana por conta de uma disputa política no Congresso, o mercado voltou o foco para o que perturba os economistas e os investidores desde 2008, que é o ritmo de recuperação da economia global. O índice de volatilidade VIX subiu 30%, para 30,5 pontos. O chamado “índice do medo” tem alta de 77% neste ano. O valor acima de 30 pontos é considerado como um nível de medo elevado.

Recuperação global

A maior crise financeira desde Grande Recessão levou alguns países europeus a gastar mais do que poderiam para conter as cicatrizes deixadas pelas economias enfraquecidas. Agora, chegou a hora de pagar a conta, e ela está mais alta porque o custo de novos financiamentos saltou.

O mercado especula que após a Grécia e a Irlanda, Itália e Portugal sejam os próximos dominós a cair na região da Zona do Euro, o que atrasaria ainda mais a recuperação do continente e, de quebra, de todo o mundo.

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Novo estímulo?

Nos Estados Unidos a situação não é diferente. Após uma rodada de salvamento dos bancos e duas de afrouxamento monetário (chamadas de Quantitative Easing, nas versões 1 e 2), a expectativa agora é pela 3ª versão. O QE3 seria nada mais do que religar as máquinas de imprimir dólares.

Foi essa esperança que fez as bolsas do país subirem na última hora do pregão ontem, enquanto o mundo todo estava em baixa. Mas a realidade bateu na porta mais uma vez. Nada foi anunciado pelo Banco Central americano (Federal Reserve) e nem pelo Tesouro do país.

O Departamento de Trabalho americano divulgou hoje que o número de pedidos de auxílio-desemprego na última semana foi melhor do que as expectativas do mercado, mas ainda não o suficiente para animar os investidores.

A grande espera é pelo Relatório de Emprego, que trará um panorama detalhado sobre o mercado de trabalho americano e que será publicado amanhã. A expectativa é de uma criação de 84 mil vagas no mês de julho. A taxa de desemprego está em 9,2%.

Na semana passada, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no segundo trimestre decepcionou o mercado. O país cresceu 1,3% no período, abaixo do 1,8% esperado pelos economistas. O resultado do primeiro trimestre foi ainda revisado para baixo, de 1,9% para apenas 0,4%.

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São Paulo - O Ibovespa viveu um dia de pânico e desabou 5,72%, aos 52.811 pontos. É o menor nível desde 17 de julho de 2009, quando a bolsa terminou a sessão aos 52.072 pontos. A queda de hoje foi também a maior entre as bolsas no mundo ( veja infográfico ) e a mais acentuada desde 21 de novembro de 2008 (-6,45%). O principal índice de ações do país chegou a cair 6,04%, para os 52.628 pontos.O volume financeiro girado na bolsa foi de 9,7 bilhões de reais.

"O aumento da aversão ao risco ficou evidente nesta quinta-feira, com os mercados acionários começando a precificar uma nova recessão mundial", afirma Marco Melo, chefe da área de pesquisa da Ágora Corretora, em relatório. Para o analista técnico e sócio da Leandro&Stormer, Leandro Ruschel, o índice rompeu uma barreira importante aos 57.600 pontos na terça-fera e, agora, o mais importante está em 30 mil pontos. "Isso sinaliza que há bastante combustível para a queda, do ponto de vista técnico”, destaca

As bolsas americanas encerraram em forte queda no pior dia desde a crise financeira de 2008. O índice Dow Jones, o mais acompanhado de Wall Street, recuou para 11.383 pontos, a 4,31%. O índice Nasdaq100 caiu 5,08%, para 2.556 pontos e o S&P500 recuou 4,78%, para 1.200 pontos. As principais bolsas da Europa também fecharam o pregão com forte desvalorização. O índice europeu de ações FTSEurofirst 300 encerrou a sessão com baixa de 3,33%, a 993 pontos.

Após o medo sobre a possibilidade de um calote da dívida americana por conta de uma disputa política no Congresso, o mercado voltou o foco para o que perturba os economistas e os investidores desde 2008, que é o ritmo de recuperação da economia global. O índice de volatilidade VIX subiu 30%, para 30,5 pontos. O chamado “índice do medo” tem alta de 77% neste ano. O valor acima de 30 pontos é considerado como um nível de medo elevado.

Recuperação global

A maior crise financeira desde Grande Recessão levou alguns países europeus a gastar mais do que poderiam para conter as cicatrizes deixadas pelas economias enfraquecidas. Agora, chegou a hora de pagar a conta, e ela está mais alta porque o custo de novos financiamentos saltou.

O mercado especula que após a Grécia e a Irlanda, Itália e Portugal sejam os próximos dominós a cair na região da Zona do Euro, o que atrasaria ainda mais a recuperação do continente e, de quebra, de todo o mundo.

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Novo estímulo?

Nos Estados Unidos a situação não é diferente. Após uma rodada de salvamento dos bancos e duas de afrouxamento monetário (chamadas de Quantitative Easing, nas versões 1 e 2), a expectativa agora é pela 3ª versão. O QE3 seria nada mais do que religar as máquinas de imprimir dólares.

Foi essa esperança que fez as bolsas do país subirem na última hora do pregão ontem, enquanto o mundo todo estava em baixa. Mas a realidade bateu na porta mais uma vez. Nada foi anunciado pelo Banco Central americano (Federal Reserve) e nem pelo Tesouro do país.

O Departamento de Trabalho americano divulgou hoje que o número de pedidos de auxílio-desemprego na última semana foi melhor do que as expectativas do mercado, mas ainda não o suficiente para animar os investidores.

A grande espera é pelo Relatório de Emprego, que trará um panorama detalhado sobre o mercado de trabalho americano e que será publicado amanhã. A expectativa é de uma criação de 84 mil vagas no mês de julho. A taxa de desemprego está em 9,2%.

Na semana passada, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no segundo trimestre decepcionou o mercado. O país cresceu 1,3% no período, abaixo do 1,8% esperado pelos economistas. O resultado do primeiro trimestre foi ainda revisado para baixo, de 1,9% para apenas 0,4%.

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