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Ibovespa cai 3% com cenário externo; Petrobras perde 5%

Ibovespa cai 3% com cenário externo; Petrobras perde 5% e dólar volta a R$ 2,44

Bovespa: quedas do Índice Bovespa eram lideradas por Gafisa ON, com -6,84% (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 15h53.

São Paulo - O ambiente externo voltou a piorar nesta tarde, com as bolsas americanas em queda de mais de 1% por conta de receios de dados piores da economia americana e pelo temor de que o crescimento mundial seja comprometido pela retirada dos subsídios ao mercado nos EUA, com a consequente alta dos juros, e por um eventual desaquecimento na China.

O Índice Bovespa perdia 3,12% às 16h25, com 46.151 pontos, puxado para baixo por Petrobras, Vale e bancos. O papel preferencial (PN, sem voto) da estatal do petróleo recuava 5,17%, para R$ 13,94, enquanto o ordinário (ON, sem voto) recuava 4,28%, para R$ 13,18. A ação ON da Vale perdia 2,57% e o PN, 3%. Já o Bradesco PN perdia 5,40% e Banco do Brasil, 3,49%, indicando a saída dos investidores estrangeiros do mercado.

As quedas do Índice Bovespa eram lideradas por Gafisa ON, com -6,84%. Bradesco ON era a segunda maior queda, com 6%, seguida de Petrobras PN, e Anhanguera ON, com 4,65%. Brookfield recuava 4,55%, refletindo a preocupação dos investidores com o impacto da alta dos juros no Brasil sobre os financiamentos e sobre o mercado imobiliário. Nenhum papel estava em alta no índice.

No exterior, o Índice Dow Jones estava em queda de 1,50%, o Standard & Poor’s recuava 1,47% e o Nasdaq, de 2,24%. Na Europa, as bolsas fecharam em queda, com o Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na região, perdendo 1,66%. O Financial Times, de Londres, caiu 0,69%, o CAC, de Paris, 1,39% e o DAX, de Frankfurt, 1,29%.

Ouro em alta e juros em queda nos EUA

O ouro subia 1,53%, reflexo da busca por proteção por parte dos investidores. O mesmo ocorria com os preços dos papéis do Tesouro americano que, pressionados pela forte procura, pagavam hoje juros de 2,60% ao ano, 0,04 ponto percentual abaixo da taxa de sexta-feira.

Piora do ISM nos EUA

Em parte, a queda das bolsas americanas reflete números piores da economia. O Índice dos Gerentes de Suprimento (ISM) de janeiro referente à manufatura caiu de 56,5 em dezembro para 51,3 no mês passado, para uma projeção média de 56, segundo a Bloomberg. Números abaixo de 50 indicariam retração da economia.


Brasil na lista negra

Declarações do diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Richard Fisher, na sexta-feira, afirmando que a instituição fará bem para o mundo se se comprometer em evitar uma bolha afastou as esperanças de que a crise nos emergentes poderia influenciar na decisão da retirada dos subsídios ao mercado.

Além disso, Fisher se referiu diretamente ao Brasil, afirmando que países que usaram a fase de recursos internacionais fartos e baratos não para ajustar suas contas, mas para incentivar o consumo e os gastos com crédito e cartões, terão agora tempos difíceis pela frente. “Aqueles países que usaram o dinheiro barato para consumo, assim como o indivíduo que toma emprestado do cartão de crédito apenas para consumir e não para construir, vão sofrer, e vamos ver um realinhamento de como suas moedas e suas economias são avaliadas pelo mercado”.

Ele citou o México como país que deve ganhar por ter reestruturado sua economia e ter se tornado uma usina exportadora. O Brasil, disse Fisher, será um dos que não vai se beneficiar.

Dólar a R$ 2,44 e juros em alta

No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir hoje, e era vendido a R$ 2,44 no segmento comercial, em alta de 0,95%. O dólar turismo estava estável, vendido a R$ 2,58.

A alta do dólar pressionou os juros futuros. As taxas para este ano, projetadas pelo contrato que vence em janeiro, subiram de 11,60% na sexta-feira para 11,73% hoje. O contrato para janeiro de 2016, que indica os juros do ano que vem, projetava 13,07%, para 12,90% no pregão anterior. Nos demais contratos, o vencimento para janeiro d 2021 subiu de 13,35% para 13,44% e, para 2023, 13,53%, ante 13,38% de sexta-feira.

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O Índice Bovespa perdia 3,12% às 16h25, com 46.151 pontos, puxado para baixo por Petrobras, Vale e bancos. O papel preferencial (PN, sem voto) da estatal do petróleo recuava 5,17%, para R$ 13,94, enquanto o ordinário (ON, sem voto) recuava 4,28%, para R$ 13,18. A ação ON da Vale perdia 2,57% e o PN, 3%. Já o Bradesco PN perdia 5,40% e Banco do Brasil, 3,49%, indicando a saída dos investidores estrangeiros do mercado.

As quedas do Índice Bovespa eram lideradas por Gafisa ON, com -6,84%. Bradesco ON era a segunda maior queda, com 6%, seguida de Petrobras PN, e Anhanguera ON, com 4,65%. Brookfield recuava 4,55%, refletindo a preocupação dos investidores com o impacto da alta dos juros no Brasil sobre os financiamentos e sobre o mercado imobiliário. Nenhum papel estava em alta no índice.

No exterior, o Índice Dow Jones estava em queda de 1,50%, o Standard & Poor’s recuava 1,47% e o Nasdaq, de 2,24%. Na Europa, as bolsas fecharam em queda, com o Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na região, perdendo 1,66%. O Financial Times, de Londres, caiu 0,69%, o CAC, de Paris, 1,39% e o DAX, de Frankfurt, 1,29%.

Ouro em alta e juros em queda nos EUA

O ouro subia 1,53%, reflexo da busca por proteção por parte dos investidores. O mesmo ocorria com os preços dos papéis do Tesouro americano que, pressionados pela forte procura, pagavam hoje juros de 2,60% ao ano, 0,04 ponto percentual abaixo da taxa de sexta-feira.

Piora do ISM nos EUA

Em parte, a queda das bolsas americanas reflete números piores da economia. O Índice dos Gerentes de Suprimento (ISM) de janeiro referente à manufatura caiu de 56,5 em dezembro para 51,3 no mês passado, para uma projeção média de 56, segundo a Bloomberg. Números abaixo de 50 indicariam retração da economia.


Brasil na lista negra

Declarações do diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Richard Fisher, na sexta-feira, afirmando que a instituição fará bem para o mundo se se comprometer em evitar uma bolha afastou as esperanças de que a crise nos emergentes poderia influenciar na decisão da retirada dos subsídios ao mercado.

Além disso, Fisher se referiu diretamente ao Brasil, afirmando que países que usaram a fase de recursos internacionais fartos e baratos não para ajustar suas contas, mas para incentivar o consumo e os gastos com crédito e cartões, terão agora tempos difíceis pela frente. “Aqueles países que usaram o dinheiro barato para consumo, assim como o indivíduo que toma emprestado do cartão de crédito apenas para consumir e não para construir, vão sofrer, e vamos ver um realinhamento de como suas moedas e suas economias são avaliadas pelo mercado”.

Ele citou o México como país que deve ganhar por ter reestruturado sua economia e ter se tornado uma usina exportadora. O Brasil, disse Fisher, será um dos que não vai se beneficiar.

Dólar a R$ 2,44 e juros em alta

No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir hoje, e era vendido a R$ 2,44 no segmento comercial, em alta de 0,95%. O dólar turismo estava estável, vendido a R$ 2,58.

A alta do dólar pressionou os juros futuros. As taxas para este ano, projetadas pelo contrato que vence em janeiro, subiram de 11,60% na sexta-feira para 11,73% hoje. O contrato para janeiro de 2016, que indica os juros do ano que vem, projetava 13,07%, para 12,90% no pregão anterior. Nos demais contratos, o vencimento para janeiro d 2021 subiu de 13,35% para 13,44% e, para 2023, 13,53%, ante 13,38% de sexta-feira.

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