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Ibovespa começa semana em alta no aguardo da ‘Super Quarta’ e eleição nos EUA

Semana é marcada por decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos e por eleição presidencial na maior economia do mundo

Painel de cotações da B3, a bolsa brasileira (Germano Lüders/Exame)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 10h32.

O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira, 4, em semana de expectativa nos mercados com as eleições americanas e a ‘Super Quarta’ – data em que as divulgações de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos coincidem.

Eleições americanas

O grande destaque da semana são as eleições americanas. Já nesta terça-feira, 5, será possível conhecer o novo presidente (ou nova presidenta) da maior economia do mundo.

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E a disputa pela presidência dos Estados Unidos chega à reta final em situação muito acirrada. Nos sete estados-chave, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris estão em situação de empate técnico, conforme mostram as pesquisas exclusivas feitas pelo instituto Ideia e divulgadas pela EXAME nos últimos dias.

Isso porque, no sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Colégio Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele estado no Colégio Eleitoral (a regra vale em 48 dos 50 estados). Em resumo, a disputa presidencial é feita estado a estado

Na maioria dos 50 estados, as pesquisas já indicam um vencedor claro. No entanto, em sete deles, a disputa está em aberto, e será preciso vencer ali para conquistar a Presidência.

Para o mercado, seja Kamala ou Trump, os EUA devem vivenciar uma política fiscal expansionista e, consequentemente, uma pressão inflacionária - apesar de caminhos diferentes. Enquanto o republicano tem uma postura mais protecionista, como o desejo por tarifas mais fortes sobre as importações chinesas, Kamala tem planos para gastos, principalmente sociais.

Fomc e Copom na Super Quarta

Um dia após as eleições, na quarta-feira, 7, o Fomc se reúne para decidir a próxima taxa de juros por lá.

Os últimos dados, como a taxa de desemprego de outubro que se manteve inalterada, solidificaram a tese de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve cortar a taxa em 0,25 pontos percentuais (p.p.). Isso porque o mercado de trabalho ainda segue aquecido nos EUA.

Por volta das 8h, a plataforma FedWatch, do CME Group, apontava que 98,1% do mercado apostam em um corte de 0,25 p.p., enquanto 1,9% apostam em uma manutenção na atual faixa de 4,75% a 5%.

Por aqui, no mesmo dia (conhecido como Super Quarta) também haverá decisão de política monetária pelo Copom. Na contramão dos EUA, o mercado aguarda que o Banco CentraL (BC) opte por acelerar o ritmo de ajuste para 0,50 p.p. (de 0,25 p.p. na reunião anterior), levando a taxa Selic para 11,25% a.a.

Para o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), uma combinação de fatores como a atividade econômica resiliente, o mercado de trabalho robusto, a inflação de 12 meses acima do limite superior, as expectativas de inflação desancoradas e um ambiente externo adverso devem levar o BC a tomar essa decisão.

Balanços

De olho na temporada de balanços, Itaú (ITUB4) divulga seus resultados hoje após o fechamento da sessão. O mercado também conhece os resultados do terceiro trimestre de BB Seguridade (BBSA3), Klabin (KLBN11), Aura Minerals (AURA33), Copasa (CSMG3), Pague Menos (PGMN3) e Tim (TIMS3).

Entretanto, o grande destaque da semana é para os números de Petrobras (PETR4), que saem na quinta-feira, 7, também após o fechamento do pregão.

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