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Ibovespa bate recorde puxado por setor financeiro

Com CPMF fora do radar, ações da B3 e dos grandes bancos registraram alta

Bolsa: Ibovespa quebra recorde de fechamento, mas não supera maior pontuação intradiária (Busakorn Pongparnit/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa quebra recorde de fechamento, mas não supera maior pontuação intradiária (Busakorn Pongparnit/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 18h30.

Última atualização em 17 de dezembro de 2019 às 18h57.

São Paulo - O Ibovespa subiu 0,64% no pregão desta terça-feira (17) e voltou a bater o recorde de fechamento ao encerrar em 112.615,66 pontos. Apesar da alta, o índice não conseguiu superar sua maior pontuação intradiária, alcançada ontem (16), pouco antes de a volta da CPMF ser posta à mesa pelo presidente Jair Bolsonaro.

“A história da CPMF saiu um pouco do radar dos investidores, o que ajudou a dar um suspiro nas negociações”, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos. Com o fim do ano se aproximando, a expectativa de Perfeito é a de que o movimento de alta continue. “A equipe econômica do governo já está de férias, agora é Bolsa para cima.”

Sem novas notícias sobre o imposto sobre transações financeiras, os bancos e a própria administradora da Bolsa, a B3, fecharam em alta e impulsionaram o Ibovespa a um novo recorde.

Nesta terça, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, se referiu à CPMF como “um imposto em cascata” e disse estar preocupado que essa agenda prejudique o desenvolvimento do mercado. 

Em coletiva de imprensa, o executivo informou que existem de 20 a 30 empresas na fila para fazer emissão primária e secundária no ano que vem e que existem condições para que a Bolsa tenha um novo recorde de captação. Os papéis da B3 fecharam em alta de 3,40%.

Entre os grandes bancos, a maior valorização ficou com as ações do Banco do Brasil, que subiram 2,26%. Já os papéis do Itaú, Bradesco e Santander avançaram 1,52%, 1,84% e 0,88%, respectivamente.

Outra empresa com grande peso no Ibovespa, a Petrobras também teve contribuição para que o índice renovasse o recorde. Nesta terça, as ações da petrolífera recuperaram parte das perdas que vinham sofrendo desde que o BNDES anunciou o plano de vender até a totalidade de sua participação na estatal. Os papéis ordinários da Petrobras subiram 1,38% e os preferenciais, 1,5%.

Por outro lado, os frigoríficos estiveram entre as maiores quedas da sessão. Após forte valorização acumulada no ano, as ações do setor têm passado por fortes movimentos de venda. Fora do Ibovespa, os papéis da Minerva caíram 5,86%. Entre as ações que compõem o índice, as da BRF lideraram as perdas, recuando 3,20%. Já a JBS e a Marfrig se desvalorizaram 2% e 1,56%, respectivamente.

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