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Ibovespa acompanha alta no exterior

A bolsa aguarda a decisão do Fed sobre o juro dos Estados Unidos e a fala do presidente Ben Bernanke, que pode sinalizar ou não mais estímulos monetários

A Bovespa abriu em alta de 0,17%, superando os 62 mil pontos nesta quarta-feira (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

A Bovespa abriu em alta de 0,17%, superando os 62 mil pontos nesta quarta-feira (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 10h27.

São Paulo - Balanços corporativos fortes, que impulsionam o avanço dos mercados internacionais, garantiram à Bovespa uma abertura em alta de 0,17%, superando os 62 mil pontos nesta quarta-feira, enquanto aguarda a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o juro dos Estados Unidos e a fala do presidente da instituição, Ben Bernanke, que pode sinalizar ou não mais estímulos monetários. Os investidores também esperam o balanço da Vale, a ser divulgado após o fechamento dos negócios, ao passo que o dado de encomendas de bens duráveis nos EUA, já anunciado, reduziu um pouco o ímpeto dos negócios.

Para um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, "após subirem forte no after-hours, as ações da Apple certamente vão puxar hoje os índices acionários norte-americanos". A Apple registrou alta de 94% no lucro líquido do segundo trimestre fiscal, para US$ 11,62 bilhões (ou US$ 12,30 por ação) no período, quase o dobro do ganho de US$ 5,98 bilhões (ou US$ 6,40 por ação) registrado em igual período do ano passado.

Por outro lado, as encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 4,2% em março, contrariando a previsão de aumento de 2%. Foi a maior queda das encomendas de bens duráveis em mais de três anos.

O setor de tecnologia sustenta os ganhos exibidos pelas principais bolsas europeias, além dos papéis do setor financeiro. Mais cedo, o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), segundo maior da Espanha por ativos, informou queda de 13% do seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, para 1,01 bilhão de euros. O resultado, porém, foi melhor que o previsto por analistas, de 912 milhões de euros.

A Vale divulga nesta noite seu balanço do primeiro trimestre deste ano. O resultado financeiro da empresa deve ser impactado por volumes mais fracos de produção, e consequentemente de vendas, por causa das fortes chuvas. O lucro líquido da maior fabricante de minério de ferro do mundo deverá cair 41,9% em relação a igual intervalo de 2011, para US$ 3,967 bilhões, de acordo com seis instituições financeiras consultadas pela Agência Estado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o recuo projetado é de 15%.

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