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Ibovespa abre em queda após pesquisa do Datafolha

Levantamento mostrou a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, abrindo vantagem sobre a ex-ministra Marina Silva


	Ações: às 11h36, o Ibovespa recuava 0,5%, em meio à repercussão negativa da pesquisa
 (Yasuyoshi/AFP Photo)

Ações: às 11h36, o Ibovespa recuava 0,5%, em meio à repercussão negativa da pesquisa (Yasuyoshi/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 11h58.

São Paulo - A Bovespa mostrava volatilidade nesta sexta-feira, com investidores divididos por um quadro externo positivo que incentivava compras e uma pesquisa Datafolha que mostrou maior acirramento na corrida presidencial no Brasil estimulando a venda de ações.

Às 11h36, o Ibovespa recuava 0,5 por cento, a 58.072 pontos, após cair a 57.882 pontos na mínima e a subir a 58.516 pontos na máxima até esse horário.

O volume financeiro da sessão somava 1,4 bilhão de reais.

A simulação de segundo turno do Datafolha entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) mostrou a vantagem da ex-senadora e ambientalista caindo de 4 pontos no levantamento passado para 2 pontos atualmente.

Marina apareceu com 46 por cento das intenções de voto (tinha 47 por cento) e Dilma com 44 por cento (tinha 43 por cento).

Dilma ainda abriu vantagem sobre Marina no primeiro turno, com 37 por cento das intenções de voto ante 30 por cento da principal adversária.

"A pesquisa não confirmou a tendência de queda da chapa governista observada no Ibope de terça-feira e, pelo contrário, mostrou dificuldade da campanha da ex-senadora Marina Silva de responder aos ataques de Dilma e Aécio (Neves, candidato do PSDB)", disse o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, em nota a clientes.

De acordo com profissionais da área de renda variável ouvidos pela Reuters, o Datafolha decepcionou, uma vez que o mercado gostaria de ver Dilma parando de subir e Marina parando de cair.

Apesar disso, o efeito na bolsa era limitado, porque muitos agentes anteciparam-se na quinta-feira a um quadro mais disputado na corrida presidencial.

As ações das estatais Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil reagiam com queda aos números do Datafolha, embora os papéis da petroleira tenham desacelerado as perdas.

Investidores agora aguardam novas pesquisas Vox Populi e Ibope com divulgações previstas para o início da próxima semana.

Análise técnica da Itaú Corretora diz que o Ibovespa continua em indefinição no curto prazo. "Do lado da alta, encontrará resistência intraday em 59.300 e próxima resistência em 60.250 pontos", disse em nota a clientes.

Do lado de baixa, segundo a corretora, o índice tem suportes em 57.700, 56.600 e "forte suporte em 55.200 pontos".

As bolsas em Wall Street abriram em alta, com o índice S&P 500 subindo 0,22 por cento, confirmando o viés indicado pelos índices futuros, em meio à expectativa para a estreia das ações do Alibaba em Nova York e repercussão favorável pela decisão da Escócia de rejeitar a independência em relação ao Reino Unido.

No noticiário corporativo, o grupo francês de mídia Vivendi concluiu um acordo para vender seu negócio brasileiro de banda larga GVT para a espanhola Telefónica por dinheiro e ações no valor de cerca de 7,2 bilhões de euros (9,29 bilhões de dólares).

A Telefónica planeja incorporar a GVT à Telefônica Brasil.

Atualizado às 11h57

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