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Ibovespa abre em alta com influência externa

As dúvidas sobre o resgate da Grécia permanecem. Índices europeus se sustentam no território positivo, puxando a bolsa brasileira

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 10h51.

São Paulo - Após a realização de lucros ontem, quando recuou 0,41%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu hoje em alta de 0,15% na esteira dos mercados na Europa e nos Estados Unidos. As dúvidas sobre o resgate da Grécia permanecem, mas os índices europeus se sustentam no território positivo nesta manhã, assim como os futuros em Nova York.

"A Bovespa tem acompanhado bem o mercado norte-americano, então a tendência é de um pouco de alta hoje, como acontece lá fora", afirmou um operador ouvido pela Agência Estado. Segundo ele, a Bolsa brasileira segue à espera de notícias de maior impacto para emplacar altas ou realizações maiores. Até lá, o Ibovespa segue próximo dos 66 mil pontos, um pouco abaixo ou acima.

Ontem, o Parlamento grego aprovou o projeto de lei que autoriza a reestruturação da dívida do país que está nas mãos dos credores privados. A legislação inclui, com efeito retroativo, cláusulas de ação coletiva (CAC, na sigla em inglês) nos bônus gregos. A medida facilita a aprovação de alterações nos termos desses títulos.

O objetivo é forçar perdas para detentores de bônus que talvez não aceitem uma reestruturação voluntária da dívida. Ainda hoje, a Grécia deve fazer uma oferta formal para troca da dívida. O acordo para a reestruturação da dívida grega é uma precondição para a liberação do segundo pacote de resgate ao país, de 130 bilhões de euros.

Embora o resgate caminhe, analistas não descartam a saída do país da zona do euro - o que poderia elevar as pressões sobre as bolsas, em especial sobre os papéis de bancos credores da Grécia.

Na manhã de hoje, porém, a Itália fez um leilão bem-sucedido, ao vender 3 bilhões de euros de bônus com yield (retorno ao investidor) de 3,013%, abaixo dos 3,763% da oferta anterior. Além disso, o país vendeu 1,5 bilhão de euros em bônus indexados à inflação, de diferentes vencimentos, com yields também menores. O resultado do leilão ajuda a sustentar os índices na Europa.

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