São Paulo – Após uma recuperação parcial na véspera, o Ibovespa passa por mais um pregão no terreno negativo. O principal índice da bolsa brasileira registrava perdas de 2,3% na mínima do dia, aos 49.946 pontos. Na semana, a queda chega a 5,5% e ano se aproxima dos 28%.Nos Estados Unidos, os mercados também caem. No início da tarde, índice Dow Jones sofria perdas de 3,8%, o Nasdaq caía 3,4% e o S&P-500 amargava desvalorização de 3,7%.

O comitê de política monetária do Federal Reserve, liderado por Ben Bernanke, que anunciou ontem a intenção de manter o juro entre zero e 0,25% ao ano até a metade de 2013. O comunicado do Banco Central Americano, que trouxe certo impulso às bolsas no final do pregão anterior, não surte efeito algum hoje entre os investidores.

"O comitê irá continuar a avaliar a perspectiva econômica sob a luz das novas informações e está preparado para empregar as ferramentas de forma apropriada", afirmou o documento.

A agenda doméstica mostra que após dois meses em queda, a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) voltou a subir.

A prévia do indicador avançou 0,22% em agosto, após deflação de 0,21% em julho, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa ficou acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, entre zero e 0,20%, com mediana das expectativas em 0,13%.

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TAM

Em meio a um pregão de perdas, as ações preferenciais da TAM (TAMM4) estão entre as poucas que se sustentam no terreno positivo. Na máxima, os papéis valorizavam 2,8% e eram negociados a 25,40 reais.

A companhia anunciou hoje um lucro líquido de 60,3 milhões de reais no segundo trimestre de 2011, revertendo o prejuízo acumulado no mesmo período do ano passado, de 175,5 milhões de reais.

A receita líquida da companhia aérea somou 3,1 bilhões de reais, alta de 16,9% na comparação com o segundo trimestre de 2010. Segundo comunicado divulgado pela empresa, o aumento no faturamento está ligado a alta nas receitas com passageiros, além da criação do Multiplus. Em 2011, as ações da TAM registra desvalorização de 34%.

Suzano

A Suzano Papel e Celulose (SUZB5) registrou lucro líquido pior do que o esperado pela média do mercado no segundo trimestre, afetado por depreciação e aumento de custos de produtos vendidos.

Hoje, as ações preferenciais classe B da companhia estendem suas perdas para 44% em 2011. Na mínima do dia, a queda das ações chegava a 4,2%, negociadas a 8,14 reais.

Entre abril e junho deste ano, a segunda maior produtora brasileira de celulose lucrou 103,6 milhões de reais, queda de 15,5 por cento em relação ao mesmo período de 2010.

A estimativa média de cinco analistas consultados pela Reuters era de um lucro de 183,5 milhões de reais.

MMX

Após abrirem em alta, as ações ordinárias da MMX (MMXM3) operam em desvalorização. Na mínima, a queda dos papéis era de 2,1%, negociados a 6,30 reais.

A empresa de mineração do grupo do empresário Eike Batista obteve lucro líquido de R$ 90,9 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo prejuízo do mesmo período do ano passado, de R$ 38,5 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ficou em R$ 73,1 milhões, o que a companhia considera recorde. A cifra doze meses antes havia sido de R$ 200 mil. Os dados incluem os resultados consolidados da LLX Sudeste (Superporto Sudeste). Esse ativo passou a compor o conjunto da MMX a partir de junho.