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Hypermarcas estuda antecipar pagamento de debênture

A empresa pretende liquidar ou refinanciar cerca de R$ 200 milhões em debêntures até o final do ano, disse o diretor financeiro, Martim Mattos


	A Hypermarcas está buscando reduzir as despesas com juros após fazer dívidas para realizar aquisições que elevaram a participação de mercado e as vendas
 (Divulgação)

A Hypermarcas está buscando reduzir as despesas com juros após fazer dívidas para realizar aquisições que elevaram a participação de mercado e as vendas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 15h26.

São Paulo - A Hypermarcas SA, maior empresa de produtos de saúde e bem-estar do Brasil, estuda liquidar algumas de suas debêntures, a terceira operação desse tipo nos últimos 12 meses em meio aos esforços da companhia para reduzir os custos da dívida.

A empresa pretende liquidar ou refinanciar cerca de R$ 200 milhões em debêntures até o final do ano, disse o diretor financeiro, Martim Mattos, em entrevista em 4 de outubro no escritório da Bloomberg em São Paulo. A operação segue o movimento de julho, que liquidou R$ 200 milhões em títulos que pagaram 113,72 por cento do Certificado de Depósito Interfinanceiro, ou CDI. Em outubro do ano passado, a empresa refinanciou R$ 200 milhões, reduzindo a taxa de 113,7 por cento do CDI para 105 por cento.

A Hypermarcas está buscando reduzir as despesas com juros após fazer dívidas para realizar aquisições que elevaram a participação de mercado e as vendas, disse o presidente Claudio Bergamo na mesma entrevista. A Hypermarcas gastou US$ 4,9 bilhões em 21 aquisições nos últimos 10 anos, a maior quantidade entre as empresas de bens de consumo brasileiras, mostram dados compilados pela Bloomberg.

“Essa é uma companhia que a gente visiona que daqui a dois, três anos vai ser uma companhia com endividamento muito baixo”, disse Bergamo, acrescentando que também vê “um grande potencial de distribuição de dividendos”.

O rendimento dos títulos em dólar da companhia com vencimento em 2021 caiu 3,19 pontos percentuais, ou 319 pontos- base, para a mínima histórica de 5,3924 por cento em 4 de outubro. A empresa espera que a dívida líquida caia para duas vezes o lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações, ou Ebitda, até o final de 2013 em relação à taxa de três vezes do segundo trimestre, disse Bergamo.

A empresa está concentrada no crescimento orgânico e em absorver as recentes aquisições, assim como elevar o fluxo de caixa, disse Bergamo. Os investimentos devem cair para R$ 150 milhões em 2013 em relação aos até R$ 220 milhões deste ano, disse ele. Esses investimentos devem baixar para uma faixa entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões, disse Bergamo.

A Hypermarcas produz mais de 190 marcas, entre elas, a de adoçantes Finn, os preservativos Jontex além de medicamentos isentos de prescrição médica como Benegripe e Melhoral.


A companhia pretende fechar ou vender 10 de suas 14 fábricas da divisão de consumo até o final do próximo ano e deve levantar até R$ 200 milhões com a venda desses ativos, disseram os executivos.

A Hypermarcas pretende alcançar 100 por cento de verticalização em suas fábricas em relação à taxa atual de 40 por cento, disse Bergamo.

O negócio de consumo “a médio e longo prazo deve ser o que vai se destacar por causa da consolidação da malha e também por causa da consolidação da área de vendas”, disse Bergamo.

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