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HSBC compra espaço em renda fixa, ultrapassando BB e Votorantim

O banco coordenou 4,9% das vendas de debêntures entre o começo do ano e 30 de junho

Sede do HSBC, em Londres: O banco está atrás do JPMorgan na coordenação de emissão de títulos de empresas brasileiras no mercado internacional este ano (Peter Macdiarmid/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 10h44.

Rio de Janeiro e São Paulo - O HSBC Holdings Plc superou o Banco do Brasil SA e o Banco Votorantim SA na venda de debêntures a investidores. O banco com sede em Londres aumentou os empréstimos a empresas para obter mais clientes para a área de originação.

O HSBC chegou ao quarto lugar no ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima, este ano, subindo da sétima colocação em 2010. O HSBC coordenou 4,9 por cento das vendas de debêntures entre o começo do ano e 30 de junho, comparado a 3,5 por cento para o Banco do Brasil e 3,6 por cento para o Votorantim.

O HSBC, que conta com quatro profissionais na divisão de mercado de capitais de dívida em São Paulo, está usando seu balanço patrimonial para comprar uma parcela maior dos títulos que subscreve, conseguindo mais clientes num mercado que dobrou de tamanho este ano. A estratégia, amplamente usada entre instituições que coordenam ofertas de bônus, é crucial para obter negócios no Brasil, disse Antonio de Oliveira, chefe de mercado de capitais de dívida local do HSBC.

Os bancos que compram todos os títulos e depois trabalham para vendê-los no mercado secundário irão muito bem no Brasil até que esse mercado esteja mais desenvolvido, disse Oliveira, que se juntou ao HSBC em 2008, em entrevista em 5 de agosto.

Apenas 26 por cento dos R$ 38,2 bilhões de debêntures emitidas no País este ano foram distribuídas a investidores, segundo a Anbima.

O HSBC é décimo primeiro no ranking de originação de dívida na Rússia, segundo no México e vigésimo sétimo na China.

Liderança entre estrangeiros

Entre janeiro e junho, o HSBC vendeu a investidores 15,5 por cento, ou R$ 495,8 milhões, dos R$ 3,2 bilhões em debêntures que originou. No ano passado, o banco distribuiu R$ 1,4 bilhão em títulos, cerca de 28 por cento dos R$ 4,93 bilhões originados.

O HBSC recuperou a liderança entre os bancos estrangeiros nesse mercado pela primeira vez desde 2009, superando o Banco Santander SA. O Citigroup Inc., o Santander e o BNP Paribas SA são os únicos estrangeiros entre os 10 maiores. Poucas instituições internacionais têm capital suficiente para manter uma quantidade grande de títulos em carteira, disse Oliveira, do HSBC.

“O banco tem que ter apetite para crédito para poder participar desse mercado”, disse Daniel Vaz, chefe de mercados de capitais de dívida do Banco BTG Pactual SA.

Com 17,5 por cento das colocações, o BTG Pactual é o segundo maior na distribuição de dívida, atrás somente do Itaú BBA, divisão de banco de investimento do Itaú Unibanco Holding SA, com 43 por cento desse mercado.

Bancos americanos e europeus estão aumentando os investimentos em mercados emergentes, diante da menor expectativa de crescimento nos Estados Unidos e ameaças à expansão na zona do euro por causa de preocupações com a dívida soberana. O Barclays Plc, o JPMorgan Chase & Co. e o Citigroup ampliaram suas equipes de mercados emergentes este ano, mesmo enquanto os maiores bancos globais faziam os maiores cortes de pessoal desde 2008 para reduzir custos.

A parcela do lucro que o HSBC obtém na Ásia, América Latina e Oriente Média cresceu para 76 por cento no primeiro semestre, comparado a 64 por cento na primeira metade do ano passado, o banco disse no mês passado. O Citigroup, terceiro maior banco americano por ativos, agora gera mais da metade do lucro em países em desenvolvimento.

“Todos os bancos estrangeiros estão olhando para o Brasil como uma oportunidade de ganhar”, disse Ricardo Mollo, professor de finanças do Instituto de Ensino e Pesquisa, o Insper, em São Paulo. “Eu vejo o HSBC nesse mercado querendo ser um player.”

Um assessor de imprensa do Banco Votorantim em São Paulo, que pediu para não ser identificado por causa da política interna da instituição, se recusou a fazer comentários para esta reportagem. Assessores de imprensa do Santander em São Paulo não responderam a pedidos de comentários.

“Dadas as características do mercado local de renda fixa, os bancos brasileiros ainda são os mais ativos”, disse Jean- Marc Etlin, chefe de banco de investimento do Itaú BBA. “A concorrência, incluindo a dos bancos internacionais, é acirrada.”

O HSBC está atrás do JPMorgan na coordenação de emissão de títulos de empresas brasileiras no mercado internacional este ano, depois de arrancar a liderança do Citigroup em 2009. A equipe do HSBC em Nova York, comandada por Alexei Remizov, coordenou US$ 3,1 bilhões em ofertas este ano, pouco atrás dos US$ 3,2 bilhões do JPMorgan, de acordo com dados compilados pela Bloomberg que excluem ofertas autônomas. O HSBC subscreveu US$ 2,9 bilhões em ofertas de dívida no mesmo período do ano passado.

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Rio de Janeiro e São Paulo - O HSBC Holdings Plc superou o Banco do Brasil SA e o Banco Votorantim SA na venda de debêntures a investidores. O banco com sede em Londres aumentou os empréstimos a empresas para obter mais clientes para a área de originação.

O HSBC chegou ao quarto lugar no ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima, este ano, subindo da sétima colocação em 2010. O HSBC coordenou 4,9 por cento das vendas de debêntures entre o começo do ano e 30 de junho, comparado a 3,5 por cento para o Banco do Brasil e 3,6 por cento para o Votorantim.

O HSBC, que conta com quatro profissionais na divisão de mercado de capitais de dívida em São Paulo, está usando seu balanço patrimonial para comprar uma parcela maior dos títulos que subscreve, conseguindo mais clientes num mercado que dobrou de tamanho este ano. A estratégia, amplamente usada entre instituições que coordenam ofertas de bônus, é crucial para obter negócios no Brasil, disse Antonio de Oliveira, chefe de mercado de capitais de dívida local do HSBC.

Os bancos que compram todos os títulos e depois trabalham para vendê-los no mercado secundário irão muito bem no Brasil até que esse mercado esteja mais desenvolvido, disse Oliveira, que se juntou ao HSBC em 2008, em entrevista em 5 de agosto.

Apenas 26 por cento dos R$ 38,2 bilhões de debêntures emitidas no País este ano foram distribuídas a investidores, segundo a Anbima.

O HSBC é décimo primeiro no ranking de originação de dívida na Rússia, segundo no México e vigésimo sétimo na China.

Liderança entre estrangeiros

Entre janeiro e junho, o HSBC vendeu a investidores 15,5 por cento, ou R$ 495,8 milhões, dos R$ 3,2 bilhões em debêntures que originou. No ano passado, o banco distribuiu R$ 1,4 bilhão em títulos, cerca de 28 por cento dos R$ 4,93 bilhões originados.

O HBSC recuperou a liderança entre os bancos estrangeiros nesse mercado pela primeira vez desde 2009, superando o Banco Santander SA. O Citigroup Inc., o Santander e o BNP Paribas SA são os únicos estrangeiros entre os 10 maiores. Poucas instituições internacionais têm capital suficiente para manter uma quantidade grande de títulos em carteira, disse Oliveira, do HSBC.

“O banco tem que ter apetite para crédito para poder participar desse mercado”, disse Daniel Vaz, chefe de mercados de capitais de dívida do Banco BTG Pactual SA.

Com 17,5 por cento das colocações, o BTG Pactual é o segundo maior na distribuição de dívida, atrás somente do Itaú BBA, divisão de banco de investimento do Itaú Unibanco Holding SA, com 43 por cento desse mercado.

Bancos americanos e europeus estão aumentando os investimentos em mercados emergentes, diante da menor expectativa de crescimento nos Estados Unidos e ameaças à expansão na zona do euro por causa de preocupações com a dívida soberana. O Barclays Plc, o JPMorgan Chase & Co. e o Citigroup ampliaram suas equipes de mercados emergentes este ano, mesmo enquanto os maiores bancos globais faziam os maiores cortes de pessoal desde 2008 para reduzir custos.

A parcela do lucro que o HSBC obtém na Ásia, América Latina e Oriente Média cresceu para 76 por cento no primeiro semestre, comparado a 64 por cento na primeira metade do ano passado, o banco disse no mês passado. O Citigroup, terceiro maior banco americano por ativos, agora gera mais da metade do lucro em países em desenvolvimento.

“Todos os bancos estrangeiros estão olhando para o Brasil como uma oportunidade de ganhar”, disse Ricardo Mollo, professor de finanças do Instituto de Ensino e Pesquisa, o Insper, em São Paulo. “Eu vejo o HSBC nesse mercado querendo ser um player.”

Um assessor de imprensa do Banco Votorantim em São Paulo, que pediu para não ser identificado por causa da política interna da instituição, se recusou a fazer comentários para esta reportagem. Assessores de imprensa do Santander em São Paulo não responderam a pedidos de comentários.

“Dadas as características do mercado local de renda fixa, os bancos brasileiros ainda são os mais ativos”, disse Jean- Marc Etlin, chefe de banco de investimento do Itaú BBA. “A concorrência, incluindo a dos bancos internacionais, é acirrada.”

O HSBC está atrás do JPMorgan na coordenação de emissão de títulos de empresas brasileiras no mercado internacional este ano, depois de arrancar a liderança do Citigroup em 2009. A equipe do HSBC em Nova York, comandada por Alexei Remizov, coordenou US$ 3,1 bilhões em ofertas este ano, pouco atrás dos US$ 3,2 bilhões do JPMorgan, de acordo com dados compilados pela Bloomberg que excluem ofertas autônomas. O HSBC subscreveu US$ 2,9 bilhões em ofertas de dívida no mesmo período do ano passado.

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