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Hedge funds abandonam apostas em alta do dólar

Os hedge funds estão perto de abandonar a melhor sequência do dólar em uma geração

Dólares: grandes especuladores reduziram as posições líquidas no dólar ao menor nível em quase dois anos na semana passada (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 21h28.

Os hedge funds estão perto de abandonar a melhor sequência do dólar em uma geração.

Grandes especuladores reduziram as posições líquidas no dólar ao menor nível em quase dois anos na semana passada. Se eles mantiverem o ritmo atual de cortes essas apostas estarão completamente eliminadas no fim do mês.

As opções cambiais estão sinalizando uma chance de menos de um em quatro de o dólar prolongar sua alta de dois anos, 25 por cento em relação ao euro em 2016, enquanto na comparação com o iene a probabilidade é de menos de um em 10.

Enquanto os hedge funds abandonam as apostas no dólar, investidores e estrategistas reduziram suas perspectivas para a moeda. O índice Bloomberg Dollar Spot caiu 3,9 por cento em março, sua maior queda mensal desde 2010 com a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalizando que o banco central agiria “cautelosamente” para elevar as taxas de juros. A fraqueza contínua do dólar seria uma boa notícia para as empresas americanas que viram seus lucros serem corroídos nos últimos dois anos pelos efeitos cambiais.

“Estamos definitivamente perto do fim da sequência de alta do dólar, se é que já não passamos o pico”, disse Brendan Murphy, de Boston, diretor da Standish Mellon Asset Management, que administra US$ 16,5 bilhões. “Estamos claramente nesse processo de fim da subida”.

Murphy disse que está vendendo o dólar em troca de moedas de mercados emergentes, como o peso mexicano e o rublo russo.

Reduzindo as apostas

Os analistas reduziram as estimativas para o dólar ao nível mais baixo em 16 meses na comparação com a moeda japonesa e ao mínimo desde julho em relação ao euro. Os hedge funds reduziram as posições líquidas para a moeda americana na comparação com oito pares importantes para 36.304 contratos até 5 de abril, menor total desde julho de 2014, contra mais de 420.000 contratos em novembro, segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA compilados pela Bloomberg.

O índice de dólar do Fed subiu 19 por cento nos últimos dois anos, aproximando-se das altas sustentadas que começaram em 1979 e em 1995. Neste ano, a medida caiu 5 por cento.

“Este é um ponto crucial porque o dólar pode não sustentar seus ganhos, mesmo com um ciclo normal de alta, menos agora com a antecipação de um ciclo ainda mais gradual”, disse Vasileios Gkionakis, chefe global de estratégia de câmbio do UniCredit em Londres.

Análise do Fed

Os traders de derivativos reduziram a probabilidade de aumento dos juros pelo Fed para menos de 50 por cento para o restante do ano e estão atribuindo uma probabilidade de zero por cento de o Comitê Federal de Mercado Aberto aumentar os custos dos empréstimos quando se reunir, ainda neste mês.

“O Fed já indicou sua relutância em subir e é muito improvável que suba os juros para defender a moeda”, disse Steven Englander, chefe global de estratégia cambial do Grupo dos 10 do Citigroup em Nova York, maior operador de câmbio do mundo. “Na verdade, eles parecem estar comemorando qualquer fraqueza que o dólar americano encontra pela frente”.

A desvalorização do dólar pode ser o início de uma queda de 30 por cento nos próximos três anos, segundo Ulf Lindahl, CEO da gestora de câmbio A.G. Bisset Associates. O veterano com 35 anos de mercado, que administra mais de US$ 1 bilhão de Norwalk, Connecticut, nos EUA, disse que o dólar cairá já que as expectativas para os juros nos EUA permanecem baixas.

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As opções cambiais estão sinalizando uma chance de menos de um em quatro de o dólar prolongar sua alta de dois anos, 25 por cento em relação ao euro em 2016, enquanto na comparação com o iene a probabilidade é de menos de um em 10.

Enquanto os hedge funds abandonam as apostas no dólar, investidores e estrategistas reduziram suas perspectivas para a moeda. O índice Bloomberg Dollar Spot caiu 3,9 por cento em março, sua maior queda mensal desde 2010 com a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalizando que o banco central agiria “cautelosamente” para elevar as taxas de juros. A fraqueza contínua do dólar seria uma boa notícia para as empresas americanas que viram seus lucros serem corroídos nos últimos dois anos pelos efeitos cambiais.

“Estamos definitivamente perto do fim da sequência de alta do dólar, se é que já não passamos o pico”, disse Brendan Murphy, de Boston, diretor da Standish Mellon Asset Management, que administra US$ 16,5 bilhões. “Estamos claramente nesse processo de fim da subida”.

Murphy disse que está vendendo o dólar em troca de moedas de mercados emergentes, como o peso mexicano e o rublo russo.

Reduzindo as apostas

Os analistas reduziram as estimativas para o dólar ao nível mais baixo em 16 meses na comparação com a moeda japonesa e ao mínimo desde julho em relação ao euro. Os hedge funds reduziram as posições líquidas para a moeda americana na comparação com oito pares importantes para 36.304 contratos até 5 de abril, menor total desde julho de 2014, contra mais de 420.000 contratos em novembro, segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA compilados pela Bloomberg.

O índice de dólar do Fed subiu 19 por cento nos últimos dois anos, aproximando-se das altas sustentadas que começaram em 1979 e em 1995. Neste ano, a medida caiu 5 por cento.

“Este é um ponto crucial porque o dólar pode não sustentar seus ganhos, mesmo com um ciclo normal de alta, menos agora com a antecipação de um ciclo ainda mais gradual”, disse Vasileios Gkionakis, chefe global de estratégia de câmbio do UniCredit em Londres.

Análise do Fed

Os traders de derivativos reduziram a probabilidade de aumento dos juros pelo Fed para menos de 50 por cento para o restante do ano e estão atribuindo uma probabilidade de zero por cento de o Comitê Federal de Mercado Aberto aumentar os custos dos empréstimos quando se reunir, ainda neste mês.

“O Fed já indicou sua relutância em subir e é muito improvável que suba os juros para defender a moeda”, disse Steven Englander, chefe global de estratégia cambial do Grupo dos 10 do Citigroup em Nova York, maior operador de câmbio do mundo. “Na verdade, eles parecem estar comemorando qualquer fraqueza que o dólar americano encontra pela frente”.

A desvalorização do dólar pode ser o início de uma queda de 30 por cento nos próximos três anos, segundo Ulf Lindahl, CEO da gestora de câmbio A.G. Bisset Associates. O veterano com 35 anos de mercado, que administra mais de US$ 1 bilhão de Norwalk, Connecticut, nos EUA, disse que o dólar cairá já que as expectativas para os juros nos EUA permanecem baixas.

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