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Gol tem melhora operacional e bate recorde de receita no 1º tri

Lucro líquido contábil caiu 76%, para R$ 619,5 milhões, mas conseguiu reverter prejuízo se considerado o resultado recorrente

Companhia conseguiu melhora operacional (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 26 de abril de 2023 às 08h06.

Última atualização em 26 de abril de 2023 às 08h07.

A companhia aérea Gol (GOLL4) conseguiu melhorar os dados operacionais e ficar mais rentável no primeiro trimestre de 2023, quando suareceita líquida e sua geração de caixa bateram recorde.

A receita da companhia avançou 52,8%, chegando a R$4,9 bilhões.As receitas auxiliares, principalmente de Smiles e da operação de transporte de cargas GolLog, cresceram 83,8%, alcançando R$383,6 milhões.

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Já o Ebitda, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, mais do que dobrou se considerados os números recorrentes, somando R$ 1,2 bilhão, com umamargem de 25,2%, 7,2 pontos percentuais a mais do que um ano antes.

O lucro líquido da Gol ficou 76% do que no primeiro trimestre de 2022, a R$ 619,5 milhões, por causa de ajustes. Se considerado o lucro recorrente, a empresa registrou lucro líquido de R$ 136,4 milhões, revertendo prejuízo de R$ 690 milhões um ano antes. A companhia previa um lucro 90% mais baixo.

A companhia destacou que a geração de caixa positiva possibilitama a redução acelerada da dívida, atualmente em R$ 22,9 bilhões, considerando os números brutos. A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos de arrendamento anuais e excluindo o bônus perpétuo) sobre o Ebitda recorrente foi de 7,9x , 1,6 pontos menor em relação à alavancagem no final
de 2022 . Em março, foi concluída uma colocação privada de senior notes com vencimento em 2028 no valor de até US$1,4 bilhão com o Abra Group, acionista controlador da Gol.

Operacional melhor

A Gol conseguiu melhorar seus dados operacionais, com maior ocupação e utilização de aeronaves. Também houve melhora de tíquete médio. O número de passageiros transportados pela ocmpanhia foi de 7,9 milhões, um aumento de 17,7%.

A taxa de ocupação do período ficou em 83,3%, com aumento de 2,3 pontos percentuais. O número de passageiro-quilômetro transportado (RPK) aumentou 14,1%, enquanto o total de assento-quilômetro ofertado (ASK) cresceu 11%. A tarifa média cresceu 27%, para R$ 554, com a receita por assento ofertado (RASK) avançando 37,7% para 43,8 centavos de reais.

A operação já é melhor do que em 2019 tanto para as vendas por Smiles ou vendas de lazer, enquanto o corporativo ainda se recupera: está a 70% de 2019 no corporativo tradicional e 50% no premium.

Mas uma melhoria importante dos números da Gol tem sido na eficiência de custos. A utilização de aeronaves passou de 11,0 horas por dia para 11,7 horas por dia e o consumo de combustível caiu 2% na hora-bloco. Esses resultados são explicados pelo aumento da frota de Boeings 737-Max, como já apontou a companhia. Essa melhoria ajudou a compensar parte do efeito do aumento da querosene, que levou o custo por assento-quilômetro recorrente a avançar 20,9% para 36,35 centavos de reais.

Por fim, o yield médio por passageiro cresceu 32,0% para 48,5 centavos de reais, o maior patamar da história da companhia.

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