Mercados

Gol e Petrobras fazem Ibovespa interromper série de quedas

Índice da Bolsa de São Paulo teve alta de 0,92%, a 53.797 pontos, nesta sexta, com giro financeiro de R$ 6,13 bilhões


	Operador da Bovespa: índice teve variação positiva de 0,09% na semana
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Operador da Bovespa: índice teve variação positiva de 0,09% na semana (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 18h01.

São Paulo - O principal índice do mercado acionário brasileiro interrompeu nesta sexta-feira uma série de três quedas, apoiado em uma forte valorização das ações da GOL e de papéis da Petrobras e do setor imobiliário.

O Ibovespa teve alta de 0,92 por cento, a 53.797 pontos. Na semana, o índice teve variação positiva de 0,09 por cento. O giro financeiro do pregão, de 6,13 bilhões de reais, foi reduzido.

Depois de operar sem tendência definida no começo do pregão, o índice consolidou-se no campo positivo, recuperando-se em parte de perdas sofridas nos últimos dias, quando investidores optaram por embolsar lucros acumulados no início do mês. "Em parte, a alta de hoje é uma recuperação técnica, mas também está contribuindo o avanço do (índice norte-americano) Dow Jones", afirmou o sócio da Zenith Asset Management Guilherme Sand.

O Ibovespa ainda acumula forte valorização em setembro, de 7,6 por cento, após ter sido impulsionado no início do mês por dados positivos da China e pela atividade de investidores estrangeiros. Sobressaiu-se no pregão desta sexta-feira a ação da GOL , que disparou quase 10 por cento, após a empresa aérea ter divulgado dados operacionais de agosto com crescimento de 24 por cento na receita por assento ofertado.

Analistas do Credit Suisse afirmaram em relatório que a GOL tem grandes chances de entregar os resultados prometidos para este ano, apesar da recente deterioração do cenário macroeconômico. A ação preferencial da Petrobras, que tem importante peso no Ibovespa, também contribuiu para a alta. "A proximidade do vencimento de opções sobre ações na segunda-feira pode estar influenciando as ações (da estatal), já que o mercado está um pouco mais otimista com a bolsa", afirmou o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

O setor de construção também trouxe influência positiva. Segundo Sand, da Zenith Asset Management, o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), mostrando que a atividade econômica no Brasil caiu 0,33 por cento em julho ante o mês anterior, mas foi melhor que a previsão de analistas, pode ter ajudado o setor imobiliário neste pregão. Na outra ponta, a fabricante de aviões brasileira Embraer foi destaque negativo.

Nesta sexta-feira, analistas do Deutsche Bank liderados por Myles Walton reduziram estimativas para o lucro de 2014 e o preço-alvo para as ADRs da Embraer, ao prever despesas mais altas, apesar de cenário benigno de negócios para o próximo ano. Fora do Ibovespa, a ação da Estácio Participações teve queda de 4,06 por cento, após a instituição de ensino ter anunciado na quarta-feira a compra da Uniseb por 615,3 milhões de reais em dinheiro e ações. As units da Abril Educação, outra empresa do setor de ensino listada na bolsa paulista, por sua vez, recuaram 8,22 por cento.

Federal Reserve

Pela manhã, o Ibovespa operou perto da estabilidade, com investidores mostrando cautela antes da possível redução das compras de títulos pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que se reúne na próxima semana para definir os rumos da política monetária. As compras de títulos promovidas pelo Fed têm garantido alta liquidez nos mercados internacionais e alimentado o apetite de investidores por ativos de maior risco, como os de mercados emergentes.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Ações da Microsoft caem até 7% no aftermarket após resultados do 2º trim.

Musk diz que Tesla (TSLA34) pode lançar direção 100% autônoma na China até o final do ano

Às vésperas da decisão do Copom, Ibovespa opera em queda puxado por commodities

Dez empresas vão disputar 37,5 milhões de barris de petróleo da União

Mais na Exame