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Gol avança mais de 8% após Goldman Sachs recomendar compra

Banco avalia que a aérea deve ser a maior beneficiária no mercado doméstico com a suspensão das operações da Avianca Brasil.

GOL: ação disparou nesta quarta-feira (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

GOL: ação disparou nesta quarta-feira (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

TL

Tais Laporta

Publicado em 3 de julho de 2019 às 15h37.

Última atualização em 3 de julho de 2019 às 15h49.

São Paulo - As ações da companhia aérea GOL subiam mais de 8% na tarde desta quarta-feira (3), depois que analistas do Goldman Sachs elevaram para "compra"  a recomendação para as ações da  empresa, com preço alvo de R$ 43,20 – uma valorização potencial de 34% frente ao preço de fechamento da véspera.

Segundo o banco, a aérea deve ser a maior beneficiária do aumento na receita no mercado doméstico com a suspensão das operações da Avianca Brasil. Os analistas concluíram que o mercado não parece estar precificando totalmente a perspectiva de melhora nas margens das aéreas para os próximos 12 meses.

"Acreditamos que as margens no mercado doméstico brasileiro podem eventualmente atingir um pico nos próximos dois anos, sob um cenário de preço de petróleo estável, estabilidade da cotação do dólar ante o real frente a 2018 e competição significativamente menor após o pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil", afirmaram Bruno Amorim e Osmar Camilo em relatório a clientes.

No mesmo relatório, os analistas cortaram a recomendação dos papéis da Latam Airlines para "venda", citando que a competição acirrada nos países de língua espanhola e a precificação ainda fraca nos mercados internacionais devem ofuscar o efeito positivo com a situação da Avianca Brasil.

Desde meados de maio, em meio a discussões sobre a disputa dos ativos da Avianca, os papéis da Gol acumulam atla de mais de 70%.

Disputa pelos ativos da Avianca

Em maio, a Justiça rejeitou a oferta da Azul para ficar com os ativos da Avianca Brasil por US$ 145 milhões, na tentativa de invalidar o plano de recuperação aprovado da aérea, que prevê o leilão de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) contendo basicamente autorizações de pouso e decolagem em aeroportos.

A Azul anunciou em abrila desistência da oferta pela compra de parte das operações da Avianca e acusou as rivais Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, a mais cobiçada do país.

Após apresentarem ofertas pelos ativos, Latam e a Gol tinham se comprometido a ficar, cada uma, com uma das UPIs por US$ 70 milhões. O acordo foi fechado com a gestora americana Elliot, detentora de 74% da dívida de R$ 2,7 bilhões da Avianca Brasil.

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