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Gafisa dispara 16% após reverter prejuízo e diminuir Tenda

Apesar dos bons resultados, a empresa ainda tem índice de endividamento elevado


	Gafisa reverte prejuízo e lucra 1 milhão de reais no 2º trimestre
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Gafisa reverte prejuízo e lucra 1 milhão de reais no 2º trimestre (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 17h35.

São Paulo - A Gafisa (GFSA3) divulgou ontem após o encerramento do pregão seus resultados do segundo trimestre de 2012. Para a surpresa dos analistas, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a 149 milhões de reais, bem a frente da expectativa consensual de 97 milhões de reais. Os números incentivaram uma forte disparada das ações na bolsa, que chegou a quase 16%.

O bom resultado é consequência da contribuição positiva da Tenda, que vinha dando prejuízos. A margem bruta teve um bom incremento também, de 27%, dado ao aumento na participação da Gafisa e de Alphaville na receita. Além disso, a empresa obteve uma geração de caixa operacional positiva de 231 milhões de reais no trimestre.

A construção e o repasse de clientes contribuíram positivamente para a posição de caixa. A Gafisa já entregou 51% da sua meta para 2012 . Além disso, totalizou 6.422 de clientes da Tenda transferidos para os bancos no primeiro semestre de 2012, chegando a 54% da sua meta anual. 

Com isto, a companhia reverteu seu prejuízo líquido de 31,8 milhões de reais no segundo trimestre de 2011 para um lucro líquido de 1 milhão de reais no segundo trimestre de 2012. Para a analista da corretora Concordia, Karina Freitas, a melhor gestão da companhia é responsável pela evolução dos resultados. Ela acredita que a empresa deve melhorar seus indicadores financeiros gradualmente, mas reforça que há melhores oportunidades dentro do setor.

Apesar da melhora nos números da empresa, o índice dívida líquida/ patrimônio líquido, apesar de ter passado de 122% para 112%, ainda é bastante elevado. “De forma geral, os resultados foram melhores do que nossos números, que eram inferiores ao consenso. Mas a dívida de curto prazo ainda está em níveis elevados e os desafios representados pela Tenda persistem”, diz o analista Felipe Rodrigues, do HSBC

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