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Fundos brasileiros no exterior têm resgate de US$ 1,3 bi

Valor de resgates de fundos de ações internacionais dedicados ao mercado brasileiro praticamente dobrou no primeiro trimestre de 2013


	Telão com ações brasileiras na Bovespa: explicação para a saída dos investidores internacionais é o receio com a inflação
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Telão com ações brasileiras na Bovespa: explicação para a saída dos investidores internacionais é o receio com a inflação (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 11h54.

São Paulo - Os fundos de ações internacionais dedicados ao mercado brasileiro terminaram o primeiro trimestre do ano com resgates líquidos de US$ 1,333 bilhão (R$ 2,666 bilhões), praticamente o dobro dos US$ 700 milhões (R$ 1,4 bilhã0) registrados no mesmo período do ano passado. Os dados são da consultoria EPFR, que acompanha os fundos internacionais que investem nas mais diversas regiões do mundo e não incluem os fundos locais brasileiros.

Os resgates dos fundos de ações dedicados ao Brasil são os maiores entre os principais mercados emergentes, superando a Índia, que perdeu US$ 951 milhões, e a Rússia, com saída líquida de US$ 698 milhões.

Receio com alta da inflação

A explicação para a saída dos investidores internacionais das ações brasileiras é o receio com a inflação. “Preocupações de que a política monetária no Brasil tem sido muito acomodativa, dado o histórico de hiperinflação do país, estão entre os fatores que levaram os investidores a sacarem de fundos de ações brasileiras e aplicarem em ações do México durante as primeiras 13 semanas deste ano”, explica a EPFR em relatório.

Os fundos de ações internacionais dedicados ao México fecharam o primeiro trimestre com captação líquida de US$ 1,006 bilhão, para um resgate líquido de US$ 93 milhões no mesmo período do ano passado.

BRICS em baixa

Outra classe de fundos de ações, dedicada ao grupo formado por Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul (BRICS) também registrou fortes resgates, fechando o primeiro trimestre com resgates líquidos de US$ 777 milhões. No ano passado, o grupo havia recebido US$ 135 milhões em novas aplicações.

Os países da Europa Oriental também sofreram com a fuga de investidores de seus fundos de ações, com resgates líquidos de US$ 654 milhões no primeiro trimestre, repercutindo os problemas na região.

Bye Bye Brasil - Saldo no 1º trimestre US$/milhões:

Tipo de fundo 2013 2012 Ano 2012
Brasil -1.333 -700 307
Índia -951 582 -1.477
BRICS -777 135 -2.267
Rússia -698 1.320 153
Europa Emerg. -654 -725 -2.142
África Regional -47 31 70
Turquia 32 57 395
Coreia 56 -811 141
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