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Frigoríficos sobem com possível aumento de exportação para a China

Investidores também estão atentos com caso de gripe aviária reportado em província chinesa

Frigoríficos: em primeira metade de janeiro, china elevou em 275% volume de carne importada (Justin Sullivan/Getty Images)

Frigoríficos: em primeira metade de janeiro, china elevou em 275% volume de carne importada (Justin Sullivan/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 16h44.

São Paulo - As ações dos frigoríficos subiam, nesta segunda-feira (3), após o ministro do Comércio da China afirmar à Reuters que pretende aumentar as importações de carne bovina e suína. O objetivo seria estabilizar a oferta doméstica, que vem inflando o preço do produto desde o ano passado, quando a peste suína exterminou rebanhos chineses.

Na primeira metade de janeiro, o país asiático importou 310 mil toneladas de carne - quantia 275% acima da registrada no mesmo período de 2019. 

No radar dos investidores, também está o surto de gripe aviária (H5N1) na província de Hunan, que, neste fim de semana, matou 4,5 mil das 7.850 aves de uma propriedade rural. Para tentar conter o vírus, o governo abateu cerca de 10 mil aves. No início do ano, casos da doença já haviam sido reportados no estado de Chhattisgarh, na Índia.

Na máxima desta segunda, as ações da BRF, JBS e Marfrig chegaram a subir 5,99%, 3,70% e 3,01%, respectivamente. Às 16h, BRF, JBS e Marfrig tinham respectivas altas de 3,83%, 2,94% e 1,91%. Em 2019, os papéis do setor tiveram forte apreciação puxada, principalmente, pela maior exportação para a China. 

Com a escassez de oferta, a carne foi o item que mais pressionou a inflação chinesa, que no ano passado foi de 4,5% - a maior em 8 anos. “Apesar deles [chineses] estarem tentando reduzir preços de commodities, com a carne vai ser mais complicado”, comentou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Na semana passada, executivos da BRF e JBS afirmaram que o coronavírus pode impulsionar ainda mais as exportações de carne para a China, com os consumidores mais preocupados sobre a segurança alimentar. 

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