Revés para François Hollande: PIB francês, estável em 2012, tem expectativa de queda de 0,3 por cento em 2013 antes de crescer 0,6 por cento em 2014 (REUTERS/Michel Euler)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 18h27.
Nova York - A França teve seu rating rebaixado nesta sexta-feira, representando um revés para o presidente François Hollande que luta para controlar as finanças públicas e reativar uma economia estagnada.
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a classificação da França para "AA+", ante "AAA", citando uma deterioração na perspectiva da dívida do país e ambiente econômico incerto do país em meio à crise na zona do euro.
A França já havia perdido a classificação triplo A da S&P e da Moody's no ano passado.
Em explicação sobre o rebaixamento, a agência citou várias causas da preocupação: a fraca produção econômica, o aumento da taxa de desemprego, o déficit orçamentário e a leve demanda externa, entre outras.
Há riscos para as projeções fiscais, disse a agência em declaração, mantendo uma previsão estável sobre seu novo rating. "A prolongada relação da dívida (com o PIB) por mais tempo reduz o espaço fiscal para absorver mais choques adversos", afirmou.
A Fitch elevou a estimativa para a França conseguir reduzir sua dívida. A agência prevê que a dívida bruta do governo atinja o ponto máximo de 96 por cento do PIB em 2014 e apenas caia gradualmente no longo prazo, mantendo-se em 92 por cento em 2017", informou a Fitch em comunicado.
Já o governo projeta que seus esforços para reduzir os gastos públicos levará a uma redução da dívida para em torno de 88 por cento.
A Standard & Poor's classifica o país como "AA+" e a Moody's como "Aa1". Ambas têm perspectiva negativa, o que significa que provavelmente vêm outra queda do rating.
A crise da dívida soberana da zona do euro provocou tensão na união monetária, mesmo com as principais economias como a França e a Alemanha sentindo o impacto.
O PIB francês, estável em 2012, tem expectativa de queda de 0,3 por cento em 2013 antes de crescer 0,6 por cento em 2014, de acordo com a mediana das previsões de pesquisa Reuters desta semana.