Fitch rebaixa em 3 pontos solvência de Portugal
Nota do país caiu três níveis devido ao aumento da chance de Portugal requisitar ajuda externa
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2011 às 16h40.
Lisboa - A agência de qualificação Fitch voltou a baixar nesta sexta-feira, pela segunda vez em uma semana, a nota de solvência do Estado português, colocando-a três degraus mais abaixo, em "BBB-", por causa da possibilidade de que o país precise de ajuda a curto prazo.
A agência reconheceu a "severidade" de sua medida e assinalou que a convocação de eleições antecipadas para 5 de junho pode complicar a chegada da ajuda externa, atrasar a execução da política econômica e levar a um descumprimento das metas fiscais estabelecidas.
A agência Standard and Poor's já havia baixado na terça-feira a qualificação da dívida soberana portuguesa para "BBB-", após ter realizado outro corte de dois níveis, da mesma forma que a Fitch, na semana anterior.
As duas entidades qualificadoras reduziram as notas do país após a renúncia do primeiro-ministro socialista, José Sócrates, no último dia 23, devido à rejeição no Parlamento de seu quarto plano de ajuste econômico.
Ao reduzir outra vez a nota de Portugal, que havia sido situada no rebaixamento anterior para "A-", a Fitch assinalou nesta sexta-feira que o apoio externo "é necessário" para respaldar a credibilidade do saneamento fiscal, assim como o esforço das reformas econômicas promovidas e a segurança das finanças portuguesas.
A agência, que mantém o país em perspectiva negativa, também levou em conta a revisão, anunciada na quinta-feira, do déficit fiscal registrado por Portugal em 2010, que passou de 7,3% para 8,6% após um ajuste contábil que incorporou 3 bilhões de euros em perdas de empresas estatais e bancos que sofreram intervenção.
Esse novo dado "debilitou ainda mais o perfil fiscal de Portugal" e prejudica os desafios que deverão ser enfrentados pelo próximo governo, assinalou a agência, embora a Comissão Europeia tenha esclarecido nesta sexta-feira que Portugal não mentiu em suas estimativas, mas teve que se adaptar, como outros países, a novas normas contábeis.
Fitch considerou que Portugal necessita de um pacote de apoio financeiro da UE e do o Fundo Monetário Internacional (FMI) "condicionado a uma estrita política" que assegure o financiamento do país, o sustento de sua dívida e a confiança dos mercados.
Além das qualificações do Estado português, tanto a Fitch como a Standard & Poor's rebaixaram nos últimos dias a nota dos maiores bancos portugueses a níveis equivalentes.
O clima de tensão política do país fez ainda com que os altos juros exigidos pelos investidores para adquirir títulos portugueses ultrapassassem folgadamente 8% no longo prazo e 9% no curto.
Apesar dessa pressão, o Tesouro do país teve nesta sexta-feira um leve respiro ao conseguir colocar 1.645 bilhão de euros a 15 meses a juros inferiores aos do mercado.
Lisboa - A agência de qualificação Fitch voltou a baixar nesta sexta-feira, pela segunda vez em uma semana, a nota de solvência do Estado português, colocando-a três degraus mais abaixo, em "BBB-", por causa da possibilidade de que o país precise de ajuda a curto prazo.
A agência reconheceu a "severidade" de sua medida e assinalou que a convocação de eleições antecipadas para 5 de junho pode complicar a chegada da ajuda externa, atrasar a execução da política econômica e levar a um descumprimento das metas fiscais estabelecidas.
A agência Standard and Poor's já havia baixado na terça-feira a qualificação da dívida soberana portuguesa para "BBB-", após ter realizado outro corte de dois níveis, da mesma forma que a Fitch, na semana anterior.
As duas entidades qualificadoras reduziram as notas do país após a renúncia do primeiro-ministro socialista, José Sócrates, no último dia 23, devido à rejeição no Parlamento de seu quarto plano de ajuste econômico.
Ao reduzir outra vez a nota de Portugal, que havia sido situada no rebaixamento anterior para "A-", a Fitch assinalou nesta sexta-feira que o apoio externo "é necessário" para respaldar a credibilidade do saneamento fiscal, assim como o esforço das reformas econômicas promovidas e a segurança das finanças portuguesas.
A agência, que mantém o país em perspectiva negativa, também levou em conta a revisão, anunciada na quinta-feira, do déficit fiscal registrado por Portugal em 2010, que passou de 7,3% para 8,6% após um ajuste contábil que incorporou 3 bilhões de euros em perdas de empresas estatais e bancos que sofreram intervenção.
Esse novo dado "debilitou ainda mais o perfil fiscal de Portugal" e prejudica os desafios que deverão ser enfrentados pelo próximo governo, assinalou a agência, embora a Comissão Europeia tenha esclarecido nesta sexta-feira que Portugal não mentiu em suas estimativas, mas teve que se adaptar, como outros países, a novas normas contábeis.
Fitch considerou que Portugal necessita de um pacote de apoio financeiro da UE e do o Fundo Monetário Internacional (FMI) "condicionado a uma estrita política" que assegure o financiamento do país, o sustento de sua dívida e a confiança dos mercados.
Além das qualificações do Estado português, tanto a Fitch como a Standard & Poor's rebaixaram nos últimos dias a nota dos maiores bancos portugueses a níveis equivalentes.
O clima de tensão política do país fez ainda com que os altos juros exigidos pelos investidores para adquirir títulos portugueses ultrapassassem folgadamente 8% no longo prazo e 9% no curto.
Apesar dessa pressão, o Tesouro do país teve nesta sexta-feira um leve respiro ao conseguir colocar 1.645 bilhão de euros a 15 meses a juros inferiores aos do mercado.