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First Republic pode receber resgate de US$ 30 bi de grandes bancos, como JPMorgan e BofA

O banco está explorando opções estratégicas, incluindo uma possível venda

As ações do First Republic chegaram a cair 60% após a crise do SVB (Jeenah Moon/Bloomberg/Bloomberg)

As ações do First Republic chegaram a cair 60% após a crise do SVB (Jeenah Moon/Bloomberg/Bloomberg)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 16 de março de 2023 às 16h10.

Última atualização em 16 de março de 2023 às 16h19.

A crise de liquidez no setor bancário está fazendo as instituições buscarem uma solução. Depois da falência do Silicon Valley Bank (SVB), grandes bancos estão se juntando para socorrer o First Republic Bank, que já dá sinais de fraqueza.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, JPMorgan, Citigroup, Bank of America, Wells Fargo, Morgan Stanley, U.S. Bancorp e Truist Financial estão se juntando ao governo dos Estados Unidos para dar apoio financeiro ao First Republic.

Os depósitos finais devem totalizar US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões, disseram as pessoas ouvidas pela agência. A expectativa é de que o anúncio do resgate financeiro seja feito ainda hoje.

O banco está explorando opções estratégicas, incluindo uma possível venda, informou a Bloomberg na quarta-feira, 15.

Por volta das 16h, as ações do banco subiam 5,90%, para US$ 32,90. Mas os papéis chegaram a valer US$ 147 em fevereiro deste ano.

O que aconteceu com o Silicon Valley Bank?

O SVB, banco financiador de startups no Vale do Silício, surpreendeu o mercado ao anunciar que pretendia levantar US$ 2,25 bilhões para equilibrar suas contas. O capital extra ajudaria a instituição a lidar com a queima de caixa acelerada de seus clientes em meio a um ambiente de juros altos.

O anúncio gerou pânico nos mercados e os clientes da instituição correram para sacar mais de U$ 40 bilhões de depósitos, gerando a maior crise no setor desde 2008.

A derrocada é outra consequência da campanha agressiva do Fed em subir juros para controlar a inflação. De um lado, os rápidos aumentos de juros forçam os bancos a pagar rendimentos maiores para reter depósitos. De outro, o aumento do rendimento dos títulos reduz o valor dos bonds mantidos nos balanços dos bancos, pressionando a sustentabilidade financeira das instituições.

Os bancos possuem muitos desses títulos, incluindo títulos do Tesouro, e agora estão sentados em gigantescas perdas não realizadas.

Além disso, quando as taxas de juro sobem, as startups têm mais dificuldade em acessar financiamento com os empréstimos ficando mais caros. A combinação de fatores foi responsável pela corrida de resgates no SVB.

 

 

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