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Fintech prepara sistema para automatizar aluguel de ações

Migração para um sistema eletrônico, segundo o executivo, vai melhorar a eficiência e a transparência dos negócios

Aluguel de ações eletrônico: expectativa da empresa é iniciar as operações com pelo menos duas corretoras e subir para seis até o final do ano (Adams Carvalho/EXAME.com/Site Exame)

Aluguel de ações eletrônico: expectativa da empresa é iniciar as operações com pelo menos duas corretoras e subir para seis até o final do ano (Adams Carvalho/EXAME.com/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 14h29.

São Paulo - A fintech SL Tools planeja lançar no início de outubro sistema eletrônico para automatizar o segmento de aluguel de ações no mercado brasileiro, com aposta de aumentar os volumes negociados neste mercado.

A expectativa da empresa é iniciar as operações com pelo menos duas corretoras e subir para seis até o final do ano, segundo o sócio da SL Tools André Duvivier.

"O mercado de aluguel de ações é bastante concentrado e as 10 maiores corretoras têm cerca de 70 por cento do volume de aluguel", disse Duvivier.

A migração para um sistema eletrônico, segundo o executivo, vai melhorar a eficiência e a transparência dos negócios, atraindo assim mais investidores ao mercado de aluguel de ações, podendo elevar a participação de fundos de pensão e de investidores estrangeiros.

A participação dos fundos de pensão, que costumam manter as ações em suas carteiras por períodos longos, representa aproximadamente apenas 1,5 por cento do volume de papéis disponibilizados para locação no mercado, segundo Duvivier, uma vez que eles não podem operar em mercados que não tenham nível elevado de compliance. Para o executivo, apenas os cinco maiores fundos do país poderiam deter 20 por cento do mercado.

O sistema, que está em teste no ambiente de certificação da clearing única da B3, será oferecido sem custo fixo aos usuários, que pagarão à SL Tools um percentual das operações eletrônicas realizadas.

Duvivier, que foi diretor do Bank of America Merrill Lynch antes de lançar a fintech, destaca que o mercado brasileiro é muito diversificado, mas ainda é "pouco sofisticado em cada segmento".

O executivo destaca que cerca de 1,2 por cento das ações em circulação estejam alugadas atualmente e acredita que a solução de gargalos buscada com a automação pode "mais que dobrar" essa participação.

A tentativa de levar o mercado de aluguel de ações do balcão para o eletrônico acontece praticamente ao mesmo tempo em que outra empresa busca migrar também as negociações de títulos de crédito.

Recentemente, a Luz Soluções Financeiras, empresa de gestão de risco e consultoria financeira, lançou uma ferramenta digital que possibilita que os usuários interajam diretamente através de um chat, negociem valores e tenham uma referência de preço para ativos de crédito hoje com baixa liquidez.

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